Todas as pessoas vêm ao mundo com características completamente diferentes entre si. Por um lado, essa diversidade pode causar conflitos. Por outro, é primordial que as pessoas sejam diferentes umas das outras. Se o mundo fosse composto por indivíduos exatamente iguais (com a mesma aparência, com as mesmas habilidades e com os mesmos valores), que vantagem nós teríamos? Ninguém aprenderia absolutamente nada, e a espécie humana jamais evoluiria.

Assim como na humanidade em geral, também é essencial que as organizações sejam compostas por pessoas diferentes entre si. Nesse sentido, existem dois tipos de diversidade: a demográfica e a cognitiva, sendo que ambas são importantes. Para compreender esses tipos de diversidade e os motivos pelos quais elas são essenciais, continue a leitura deste artigo.

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A diversidade demográfica

A diversidade demográfica de uma população depende de uma série de variáveis, como: faixa etária, gênero, classe socioeconômica, raça, orientação sexual, entre outras. Como todos esses aspectos apresentam variedade considerável em sociedade, é natural que essa variedade também se verifique nas organizações.

Não é porque um grupo é considerado minoritário que ele não deva ter os seus representantes nas empresas. Essa necessidade tem ganhado muita importância nos últimos anos, tanto que algumas organizações têm até mesmo destinado algumas de suas vagas a grupos específicos, como jovens negros e comunidade LGBTQIA+. O mundo corporativo ainda é predominantemente branco e masculino, como um reflexo da desigualdade de oportunidades.

A representatividade de grupos minoritários (nem tão minoritários assim) nas empresas é uma tentativa de reverter essa desigualdade existente no mercado de trabalho.

A diversidade cognitiva

PSC

Além da diversidade demográfica, que diz respeito a essas características que categorizam estatisticamente as pessoas em determinados grupos, também existe a diversidade cognitiva, relacionada às características intelectuais do indivíduo. Ela consiste na diversidade que existe entre as pessoas no que diz respeito aos seus conhecimentos, formações, experiências de vida e maneiras de raciocinar e encontrar soluções para problemas diversos.

As diferentes maneiras como as pessoas processam informações, interpretam dados, desenvolvem raciocínios, encontram soluções e as colocam em prática formam a diversidade cognitiva de uma empresa.

Os dois tipos de diversidade se fazem necessários

Por mais que algumas empresas tenham valores enraizados em sua tradição, é fato que todas elas precisam se adaptar às mudanças do mercado, em nome da competitividade. Aquelas que não se atualizam são ultrapassadas por competidores, o que pode acontecer em diversas frentes: na evolução dos seus produtos e serviços, na modernização dos seus processos e técnicas, na atualização da sua forma de se comunicar com o público, entre outros.

Assim, é preciso que as organizações diversifiquem as suas contratações. Empresas que procuram sempre os mesmos perfis demográficos e cognitivos em seus funcionários encontram dificuldade em inovar. Essas pessoas tendem a apenas reforçar o que já vinha sendo feito. Em contrapartida, contratar pessoas com visões de mundo diferenciadas permite que a organização encontre novos olhares e seja mais aberta à inovação.

Toda empresa possui (ou deveria possuir) uma cultura organizacional, ou seja, um conjunto de normas e boas práticas que orienta o dia a dia dos seus funcionários. Entretanto, os processos seletivos não podem incentivar uma busca excessiva por esse fit cultural — a compatibilidade entre os valores do candidato e os valores da organização. Pessoas que pensem um pouco diferente (sem fugir completamente dos princípios da empresa, é claro) podem ser bem-vindas e trazer soluções criativas e inovadoras.

A essência da empresa deve ser respeitada, mas ela não deve ser engessada e alheia às mudanças que os novos tempos trazem. Vivemos uma era de comunicação, de diversidade e de trocas constantes de conhecimento. Essa postura inclusiva e colaborativa é o que faz as organizações crescerem hoje em dia, mais do que qualquer tradição.

4 contribuições da diversidade cognitiva

Ter pessoas que pensam diferente numa organização é benéfico. Há quatro vantagens facilmente identificáveis quando isso ocorre. Confira:

1. Identificação de ameaças e oportunidades

Pessoas que pensam diferente são capazes de identificar ameaças e oportunidades que pessoas que sempre pensam igualmente não conseguiriam. Por isso, essa diversidade de pensamento ajuda as pessoas a encontrarem erros e ideias que podem fracassar com antecedência.

Da mesma maneira, grupos heterogêneos permitem que as pessoas encontrem oportunidades de negócios que jamais seriam encontradas por grupos homogêneos. Portanto, desde que seja bem conduzida, a diversidade enriquece todos os processos das empresas. Isso serve tanto para prevenir problemas quanto para encontrar soluções para aqueles que já existem.

2. Colaboração criativa

A criatividade de um grupo é sempre maior quando diferentes ideias são expostas. Combinando diferentes sugestões, pode-se chegar à solução ideal. Contudo, para que isso ocorra, é preciso que o ambiente seja colaborativo, em que os funcionários estejam empenhados em ajudar uns aos outros, e não em querer ser melhor do que os colegas.

O pensamento criativo é beneficiado quando o grupo contém diferentes formas de pensar, analisar, sintetizar e criar estratégias. Além disso, compartilhando os seus conhecimentos uns com os outros, todos se beneficiam e ampliam as suas competências. Não é à toa que equipes que enxergam a diversidade como algo positivo tendem a encontrar soluções mais eficazes e mais criativas.

3. Tensão que leva à mudança

A diferença traz tensão, mas nem toda tensão é ruim. Existem tensões que provocam discussões construtivas e mudanças necessárias. Porém, ainda são poucas as empresas e equipes que compreendem isso.

Na maioria dos casos, o que se vê são grupos de pessoas que temem a tensão e, por isso, deixam de compartilhar as suas perspectivas. A diplomacia excessiva é inútil, pois aquela solução inovadora que poderia salvar a empresa ficou presa na boca de um colaborador que preferia manter as coisas do jeito que estão, com medo de dizer o que pensa e iniciar uma discussão.

4. Maturidade ao lidar com a diferença

É importante ressaltar, porém, que a tensão precisa ser bem conduzida para que produza resultados positivos. Não adianta estimular o debate se não houver maturidade entre os participantes. Há empresas em que a rejeição de uma ideia ou uma crítica a um projeto, por exemplo, é tomada como ataque pessoal.

Os profissionais precisam ser maduros para entender que, às vezes, a sua ideia não será bem-recebida, sendo que a ideia de um colega terá melhor aceitação. Isso não quer dizer que as pessoas não o respeitem ou não valorizem as suas competências, mas apenas que uma ideia superou a sua. Portanto, além dos benefícios acima, a diversidade cognitiva ainda estimula o desenvolvimento da maturidade e do profissionalismo no ambiente corporativo. Ela ensina as pessoas a conviverem bem com as diferenças.

Como você pode perceber, não são poucos os benefícios que a diversidade cognitiva oferece. Ela precisa fazer parte das instituições que desejam obter destaque atualmente. Assim, cabe aos líderes dessas instituições introduzir esse elemento às suas culturas organizacionais e ensinar os seus colaboradores a compartilhar as suas ideias, respeitando as diferenças.

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Imagem: Por Rawpixel