Sigmund Freud foi um psicólogo austríaco, famoso por tornar conhecido o modelo mental em que separamos a mente humana em 3 níveis: o consciente, o subconsciente e o inconsciente. Mesmo que seja muito difícil provar cientificamente muitas das teorias freudianas, o fato é que, no dia a dia, utilizamos esses termos até hoje.

Mas o que seria exatamente estar consciente? E inconsciente? E quanto ao misterioso subconsciente? Neste artigo, vamos compreender melhor os significados desses 3 estados. Ficou curioso? Então, continue a leitura e saiba tudo sobre o assunto!

O que é estar consciente?

A mente consciente, também conhecida como ego, é onde as pessoas vivem na maior parte do dia. Estar consciente é estar plenamente atento àquilo que você faz: pensar, falar, comer, dirigir, estudar, trabalhar etc. Perceba que a palavra-chave aqui é o uso do termo “plenamente”.

Isso ocorre porque, às vezes, fazemos coisas no chamado “piloto-automático”. Nesse caso, não estamos conscientes, pois há interferência do subconsciente. Por exemplo, se você dirige há muito tempo, provavelmente já percebeu que alguns dos seus movimentos são automáticos. Nesse caso, é o seu subconsciente que o está dirigindo. Já quando um jovem motorista acabou de sair da autoescola e ainda está inseguro, ele concentra toda a sua atenção ao ato de dirigir — ali ele está plenamente consciente.

A mente consciente, portanto, é aquela que é capaz de fazer tudo aquilo que as outras duas não podem. Nesse sentido, é importante ressaltar que ela tanto influencia quanto é influenciada pelas outras duas. Por exemplo: se você sempre alimenta pensamentos conscientes negativos e catastróficos sobre a vida, com o tempo o seu subconsciente estará também funcionando nessa “energia”, disparando esses pensamentos ansiosos de modo automático.

Outra distinção bacana de ser feita é que quando você está consciente, você é capaz de imaginar acontecimentos e sensações que nunca viveu antes. O subconsciente, porém, só consegue despertar memórias de situações passadas, que estão armazenadas em algum lugar. Dessa forma, estar consciente é estar plenamente concentrado naquilo que está acontecendo, sem aquela sensação de “piloto automático”.

O que é estar subconsciente?

Estar subconsciente, porém, é ter acesso às informações mais úteis e mais necessárias para a vida, sem muito esforço, ou seja, sem estar plenamente consciente delas. É por isso que você imediatamente pisa no freio ao ver um pedestre mais ousado correndo à frente do seu carro.

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A mente subconsciente é como a memória RAM do seu computador: ela privilegia as memórias de curto prazo e os “programas” atualmente em uso, deixando em standby aquilo que não estiver sendo utilizado no momento.

Você imaginou quanta energia o seu cérebro gastaria se precisar ficar 100% consciente de tudo aquilo que acontece à sua volta o tempo todo? É para isto que o subconsciente serve: para monitorar o que estiver em standby ao seu redor, como evitar atropelar o pedestre que abruptamente surge na frente do seu carro. Assim, o subconsciente é o piloto automático que nos leva a tomar determinadas decisões, antes mesmo de passar pela mente consciente.

Isso pode ser muito bom, mas também pode ser muito ruim. Por exemplo: como citamos acima, uma pessoa que, quando está consciente, sempre se alimenta de conversas negativas e pensamentos catastróficos, estará “programando” o seu subconsciente para funcionar sempre à procura de potenciais ameaças. Portanto, precisamos conscientemente ajudar a equilibrar o subconsciente.

A mente subconsciente, portanto, é responsável pelo processamento de pensamentos, sentimentos, emoções e aquelas decisões que tomamos sem muita reflexão. O padrão de funcionamento do subconsciente depende da forma como operamos a mente consciente. Por exemplo, se você for conscientemente uma pessoa grata pelo que tem, o seu subconsciente despertará em você uma visão mais plena e otimista sobre a vida.

O que é estar inconsciente?

Por fim, chegamos ao estado inconsciente, que é o “porão” do cérebro. É nele que estão armazenados os seus pensamentos, sentimentos, ideias e memórias mais profundos, desde a sua infância. Ao contrário do subconsciente, essas memórias não estão tão acessíveis, mas podem ser “despertadas” se houver algum gatilho.

Por exemplo: você se lembra do que comeu no recreio do seu primeiro dia de aula? Dificilmente! No entanto, essa memória está aí, em algum lugar do seu inconsciente. Você só conseguiria chegar a essa memória se ela tivesse um significado mais profundo para si. Há alguns métodos que podem trazer essa memória de volta, como a hipnose, ou um evento particular pode ajudar (um perfume, um lugar familiar etc. pode ajudar a acessar essa memória).

O inconsciente é diferente do subconsciente por isto: no subconsciente, armazenamos as coisas que consideramos mais relevantes e que podemos acessar com facilidade, sendo uma camada mais superficial, enquanto o inconsciente é aquilo que não podemos resgatar, a não ser que haja algum gatilho ou técnica especial. O inconsciente é a fonte de todas as informações que o seu subconsciente utiliza, mas a que nós não temos acesso. É o ponto de partida para crenças, comportamentos e hábitos.

É importante diferenciar também o termo “inconsciente” utilizado pela psicologia da definição da medicina. Na área médica, esse termo é utilizado para descrever os pacientes que estejam adormecidos, desmaiados, em estado de coma, anestesiados etc.

Como você pode notar, essas três camadas da mente humana são importantes, embora apresentem características diferenciadas e funções específicas. É interessante conhecê-las para saber quais delas de fato estão sob o nosso controle, na busca por uma vida com mais qualidade e felicidade!

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