Por muito tempo, a humanidade se questionou acerca do fato de ser possível agrupar as pessoas em determinados grupos, de acordo com a sua personalidade e com o seu comportamento. Hoje se sabe que cada indivíduo é único e que tentar criar grupos na sociedade seria uma tarefa bastante complexa.
No entanto, o psiquiatra e psicoterapeuta suíço Carl Jung, sendo um estudioso da mente e do comportamento humano, conseguiu definir o que chamou de “os 12 arquétipos da humanidade”. Eles são personagens que representam características típicas dos seres humanos, que podem ser encontradas em indivíduos de qualquer lugar e época. Assim, toda pessoa pode se identificar com ao menos um desses arquétipos, de acordo com a sua personalidade.
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Quem é o governante?
Um exemplo de arquétipo é o governante. Segundo Jung, ele representa basicamente todos os indivíduos que apresentam o chamado “espírito de liderança”. Assim, são pessoas que lidam bem com o poder e com o controle em diferentes contextos, como a família, o grupo de amigos, a equipe de trabalho, a empresa, a comunidade etc.
Em geral, esse indivíduo é comunicativo, capaz de conhecer e se relacionar bem com as pessoas e responsável ao exercer o poder. Só precisa tomar cuidado para não assumir mais responsabilidades do que é capaz de dar conta ou tornar-se autoritário.
Quais são as principais características desse arquétipo?
Conheça, a seguir, os 7 traços dominantes no perfil do governante.
1. Vontade de poder
Em primeiro lugar, é importante ressaltar que o arquétipo do governante representa a vocação para o poder. Essa vocação contempla as habilidades de liderar, mas também a vontade de exercer o poder.
Dessa forma, quem se identifica com esse arquétipo gosta de estar no comando das situações. É o tipo de pessoa que se sente preparado para comandar projetos e orientar equipes, delegando funções, acompanhando o desempenho de cada um, apontando ajustes, enfim, prestando auxílio de maneira geral. Sentem-se confortáveis estando nessa posição de comando.
2. Habilidade de controle
São diversas as funções de um governante: definir metas e objetivos, traçar estratégias, delegar tarefas, definir indicadores de desempenho, acompanhar o andamento das atividades, dar feedbacks, motivar as equipes e controlar a maior parte do que as pessoas fazem.
O governante precisa ter essa habilidade de controle, pois é ele quem responde pelos resultados da equipe. Ele pode e deve dividir os créditos e as críticas, mas deve compreender que a figura de referência será sempre ele. Por isso, as suas decisões precisam ter um mínimo de previsibilidade, acerca de resultados positivos.
3. Responsabilidade
O governante precisa ser o primeiro a dar o exemplo. Ele deve agir de acordo com a conduta que espera ver em todos os seus liderados. Por isso, esse arquétipo representa o trabalho, a dedicação, o estudo, a pontualidade, a disciplina, o empenho, a motivação, a comunicação clara e o bom relacionamento interpessoal.
“Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades”, como diz o famoso princípio de Peter Parker. Por isso, o governante deve agir sempre pensando nas consequências de cada um dos seus atos e decisões, tanto para si como para os demais membros da equipe.
4. Capacidade de exercer a liderança de diferentes formas
O arquétipo do governante representa todas as manifestações de liderança. Assim, ele pode ser identificado em diferentes contextos, como: liderar uma família, liderar um grupo de amigos, liderar uma empresa, liderar um departamento, liderar um projeto, liderar uma comunidade, liderar uma iniciativa, e por aí vai.
Em todas essas situações, existe uma força centrada no indivíduo que é capaz de mobilizar os demais a agir de acordo com as suas orientações. Isso depende da sua credibilidade, da sua organização e da clareza da sua comunicação ao relacionar-se com todos.
5. Desejo de estabilidade e superioridade
Esse tipo de pessoa acredita que, estando no comando das situações, consegue obter mais segurança e estabilidade, tanto para si mesmo como para aqueles que dependem desse líder.
Eles também podem expressar um desejo de superioridade e de se diferenciar dos demais. Assim, essas pessoas se sentem bem em lugares que representam o poder e a autoridade, como grandes salões, prédios altos, carros fortes, eventos grandiosos, e por aí vai. Além disso, cuidam da aparência e do vestuário como forma de expressar o seu poder.
6. Métodos de organização e planejamento
Em geral, aqueles que se identificam com o arquétipo do governante são pessoas metódicas. Isso significa que elas conseguem definir metas específicas, ou seja, um estado desejado. Em seguida, são capazes de traçar uma linha de ações que une o estado atual a esse estado desejado — essa linha é conhecida como planejamento estratégico.
Diante disso, esses indivíduos apresentam o seu plano de ações a todos os seus liderados, conseguindo convencê-los de que as suas ideias são satisfatórias. Alguns líderes são mais democráticos, incluindo os liderados nessa fase de planejamento.
7. Possível tendência ao autoritarismo
Infelizmente, porém, nem todo governante é assim sensível e atento ao que os seus liderados dizem. Alguns deles não são democráticos e impõem as suas opiniões e decisões a todos, sem admitir qualquer questionamento ou visão contrária.
Este é o ponto delicado do arquétipo do governante: ele precisa liderar sem que o poder suba à sua cabeça e o torne alguém arrogante e insensível às necessidades de quem estiver sob a sua responsabilidade. As ideias de superioridade e exclusividade não podem dominar esse ser e deixar de lado a prosperidade do seu grupo.
O arquétipo do governante, portanto, reúne as características fundamentais de quem exerce ou deseja exercer a liderança e o poder. É uma posição de muita organização, comunicação, responsabilidade e planejamento. Um bom governante consegue ouvir o que os seus liderados têm a dizer, evitando propagar as suas ideias à força. Por isso, ele deve ser carismático e honesto, sem cair no autoritarismo.
E você, querida pessoa, se identifica com o arquétipo do governante? Por quê? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!
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