Já aconteceu de você estar trabalhando ou cuidando das tarefas domésticas até que, de repente, um pensamento catastrófico invade a sua mente e o deixa preocupado? É um fenômeno desagradável e aparentemente sem explicação, mas que tem afetado um número considerável de pessoas, fazendo-as acreditar que estão perdendo o controle da própria mente: os pensamentos intrusivos.
Neste artigo, você vai compreender o que são esses pensamentos que causam um sofrimento que, muitas vezes, gera vergonha e silêncio. Além disso, vai entender por que eles surgem e o que é possível fazer para lidar com eles. Continue a leitura e saiba mais!
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Pensamentos intrusivos: o que são?
Pensamentos intrusivos são aqueles que invadem a nossa mente sem aviso prévio, geralmente representando imagens negativas e cenários catastróficos, que geram preocupação. São estressantes e podem ser repetitivos, sobretudo quando estão associados a uma preocupação específica, como a família, o dinheiro e a carreira.
Esses pensamentos geram sofrimento, principalmente porque produzem preocupações nem sempre compatíveis com a realidade. Assim, o indivíduo começa a duvidar da sua sanidade mental e a questionar se outras pessoas também têm esses pensamentos invasivos. Pela sua negatividade, os pensamentos intrusivos chocam e geram perturbação emocional, quase como uma paranoia.
Por piores que sejam, os pensamentos intrusivos são apenas pensamentos, o que quer dizer que, por mais que a mente da pessoa crie aquelas visões catastróficas, isso não quer dizer que a realidade será assim. Eles não são presságios, como alguns pensam. São fontes de medo, estresse e ansiedade, mas não necessariamente vão se tornar realidade.
Quais exemplos de pensamentos podem ser considerados intrusivos?
Os pensamentos trágicos costumam ser os mais comuns entre os intrusivos. Um exemplo ocorre quando a pessoa está dirigindo e, de repente, se imagina capotando o carro, atropelando alguém ou batendo o veículo em um muro. Além disso, pensamentos sexuais também podem ser considerados intrusivos quando envolvem condutas inapropriadas e incompatíveis com as crenças e a orientação sexual do indivíduo.
Um pensamento intrusivo clássico é também a imagem do namorado ou cônjuge se relacionando com outra pessoa, o que pode aumentar a insegurança e gerar crises na relação, por dúvidas de fidelidade. Outros exemplos são: “Será que meu filho usa drogas?”, “Será que meu pai vai morrer em breve?”, “Será que eu tenho alguma doença?”, “Será que Deus vai perdoar os meus pecados?”, “Eu nunca vou dar certo nesse emprego!”, “Eles estão falando mal de mim, ninguém gosta de mim!”.
Quais pessoas são mais propensas a esse tipo de pensamento?
Em tese, qualquer pessoa pode ter pensamentos intrusivos, mas os indivíduos mais propensos a eles são aqueles que já têm algum transtorno da mente, como:
- Depressão e transtornos ansiosos: a depressão e a ansiedade frequentemente levam o indivíduo a imaginar futuros pessimistas, gerando uma preocupação excessiva e quase sempre desproporcional à realidade;
- TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo): são comportamentos repetitivos que uma pessoa executa para aliviar a ansiedade. É o caso de quem lava excessivamente as mãos, por medo de doenças causadas por vírus e bactérias;
- TEPT (Transtorno de Estresse Pós-Traumático): quando uma pessoa passa por um evento traumático (perda, violência, assalto, guerra etc.), lembranças do evento surgem com frequência, acompanhadas pelo medo de que se repitam;
- Transtornos alimentares: pessoas com bulimia ou anorexia, por exemplo, tendem a imaginar que vão engordar, adquirir uma aparência física indesejável e ser rejeitadas pelas outras pessoas por causa disso.
O que fazer quando esses pensamentos aparecerem?
Agora que você já sabe o que são pensamentos intrusivos e conferiu alguns exemplos, é hora de finalmente descobrir como podemos lidar com eles. Pensamentos negativos fazem parte da vida, mas, quando eles ocorrem com muita frequência e são desproporcionais à realidade, podem gerar um sofrimento desnecessário, demandando medidas imediatas para resolver a situação. Confira as orientações!
1. Aceite que esse pensamento existe
Se perceber que um pensamento intrusivo apareceu, aceite a sua presença. Não queira lutar contra ele ou culpar-se por vivenciá-lo, pois isso só o deixará mais forte. Além disso, a negação pode estimular você a evitar determinados lugares, pessoas, situações e ações, o que não é saudável.
Por mais difícil que seja, aceite que esse pensamento intrusivo apareceu, sem reprimi-lo ou negá-lo, o que só piora as coisas. Também não se julgue por esses pensamentos, pois qualquer pessoa pode tê-los. Respire fundo e entenda que você é um ser humano normal e que pode superar essas ideias.
2. Entenda que um pensamento é apenas um pensamento
Um pensamento é apenas um pensamento. Ele não é um indício de que aquilo de fato vai acontecer ou uma revelação inconsciente de que você é má pessoa. Se essas crenças começarem a surgir, lembre-se de situações em que você foi uma pessoa boa e solidária com os outros.
Se os pensamentos afirmam que ninguém gosta de você ou que você nunca alcançará os seus objetivos, pense nas suas conquistas até aqui. Lembre-se dos obstáculos que enfrentou, das dificuldades que superou e das amizades que construiu. A melhor maneira de vencer um pensamento é contrapondo-o à realidade, percebendo que ela não é tão feia quanto a sua mente o leva a crer.
A mente, em uma tentativa desesperada de nos proteger, nos leva a criar imagens catastróficas do futuro, justamente para que ninguém se arrisque ou saia do lugar. Contudo, ser feliz depende de sair da zona de conforto e de correr alguns riscos. Por isso, não acredite em tudo o que a sua mente diz! Isso o ajudará a ter pensamentos mais positivos, visualizando-se alcançando os seus objetivos!
3. Recorra ao auxílio da psicoterapia
Por fim, nunca é demais reforçar que há profissionais maravilhosos para auxiliá-lo na compreensão e na superação dos pensamentos intrusivos: os psicólogos. A psicoterapia permite que o indivíduo encontre as causas desses pensamentos e que desenvolva meios práticos de lidar com eles, tão logo apareçam.
Baixa autoestima, medo da rejeição, traumas passados e insegurança são algumas das possíveis causas que são trabalhadas nesse processo terapêutico. No decorrer das sessões, a pessoa recupera a sua confiança na própria mente, compreendendo que nem todos os seus pensamentos fazem sentido e que eles não necessariamente têm a ver com o seu caráter ou com o que de fato vai acontecer na sua vida.
Os pensamentos intrusivos são desagradáveis, mas podem ser superados. As dicas acima servem para que as pessoas compreendam que elas estão no comando das suas mentes, e não o oposto. É importante aceitar que esses pensamentos podem surgir, mas que eles não significam absolutamente nada. São apenas pensamentos!
E você, querida pessoa, já teve que lidar com pensamentos intrusivos? Como tem feito isso? Contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!