Toda e qualquer empresa precisa se preocupar com o futuro. Isso envolve adquirir a consciência de que as pessoas que ocupam atualmente os cargos mais estratégicos da organização não vão estar lá para sempre. Um dia, essas pessoas terão que “passar a faixa” para novos colaboradores, em um processo conhecido como sucessão.

O plano de sucessão consiste no planejamento estratégico dessa transferência de cargos. Neste artigo, vamos compreender melhor como esse processo deve ser feito, com algumas dicas práticas. Continue a leitura e saiba mais sobre o tema!

Plano de sucessão: o que é e qual a sua importância?

O plano de sucessão é um projeto que tem o objetivo de definir sucessores para os cargos-chave de uma organização. Assim, ele envolve a escolha dos futuros diretores, gestores e coordenadores de áreas, com base em uma análise das competências necessárias para assumir as referidas posições.

Esse planejamento antecipado permite que as organizações não sejam pegas de surpresa quando algum desses cargos-chave ficar vago por algum motivo. Dessa forma, a antecipação de possíveis cenários futuros garante uma sucessão mais eficaz.

Como esse processo deve ser realizado?

Não há uma fórmula pronta para a execução de um plano de sucessão, afinal de contas, cada empresa tem as suas características próprias. Contudo, podemos definir alguns passos fundamentais, conforme você verá na sequência.

  • Avalie a missão, a visão e os objetivos da empresa;
  • Identifique os cargos-chave — já existentes ou que precisam ser criados;
  • Comunique a empresa sobre os planos de sucessão que serão adotados, explicando a sua importância, bem como as regras de seleção, com total transparência;
  • Identifique as competências técnicas e comportamentais esperadas de um potencial sucessor para esses cargos;
  • Promova avaliações de desempenho contínuas, a fim de verificar quais colaboradores têm competências mais compatíveis com os critérios definidos acima;
  • Selecione os potenciais sucessores, promovendo uma transição tranquila;
  • Registre as técnicas de planos de sucessão, de modo que possam ser adotadas também futuramente.

Para colocar tudo isso em prática, é importante promover reuniões com os líderes da organização, a fim de definir etapas, cronogramas, treinamentos e métodos de avaliação e seleção para os cargos abertos.

Dicas gerais para um plano de sucessão satisfatório

Confira a seguir algumas dicas para que esse processo seja conduzido da melhor maneira possível.

1. Nunca aja de última hora

É comum que as organizações deixem para pensar no sucessor de um cargo estratégico apenas quando o seu atual ocupante manifesta a intenção de sair da empresa. Evite que isso ocorra, pois a correria e a urgência certamente tornam o processo menos tranquilo e eficaz. Antecipe-se aos fatos e já pense em possíveis nomes para assumir essas posições, antes mesmo que a necessidade surja.

2. Tenha um plano B para cada cargo

Outra dica importante é não depositar todas as esperanças em um único nome. Pode ser que, por algum motivo, o sucessor escolhido não possa assumir o cargo. Dessa forma, é interessante ter um plano B, C, D, enfim, alternativas para esse tipo de ocorrência. Como se diz popularmente, não coloque todos os ovos na mesma cesta.

3. Aprimore as suas técnicas de contratação

Definir um sucessor para um cargo da empresa pode ser mais complexo do que pensamos. Pode acontecer, por exemplo, de a empresa não identificar potenciais sucessores no seu quadro atual de colaboradores, havendo a necessidade de efetuar uma contratação externa. Para que isso ocorra com eficácia, é fundamental identificar as competências exigidas pelo cargo, bem como os problemas atuais da empresa, selecionando indivíduos com competência e compatibilidade para os desafios atuais.

4. Analise o quadro atual de funcionários

Em contrapartida, se não for necessário recorrer a uma contratação externa, é necessário avaliar o quadro atual de funcionários. Para isso, observe o comportamento, os conhecimentos e as habilidades de cada um no dia a dia. Reúna os dados mais relevantes de cada colaborador, registrando as forças pessoais de cada um, de modo que seja construído um histórico dos profissionais, caso a necessidade surja.

5. Verifique os objetivos organizacionais

Quando falamos em um plano de sucessão organizacional, falamos em cargos mais estratégicos. Diante disso, a escolha das pessoas que ocuparão esses cargos deve estar em consonância com os objetivos, a missão, a visão e os valores da organização. Metas de curto, médio e longo prazo devem estar bem estabelecidas, como: diversificação de negócios, ingresso em mercados internacionais, adoção de parcerias estratégicas etc. Selecione pessoas compatíveis com essas metas.

6. Faça da avaliação de desempenho um hábito

A avaliação de desempenho e o feedback devem ser um hábito em qualquer empresa. Isso permite que os próprios colaboradores se desenvolvam continuamente, ajudando também os líderes a identificar os seus possíveis sucessores. Nesse sentido, é importante já definir os critérios associados aos cargos-chave, conforme citamos no início do artigo, analisando as competências de todos e identificando os profissionais com maior compatibilidade com as vagas em questão.

7. Promova treinamentos de capacitação profissional

Se uma pessoa foi selecionada pelas suas competências para assumir um desses cargos-chave, isso não quer dizer que ela esteja automaticamente apta a assumir a posição. Por mais que ela tenha dado provas de merecimento, é necessário treiná-la antes de efetivamente subir ao cargo.

Por isso, as empresas devem oferecer programas de capacitação profissional contínuos, com cursos e treinamentos que desenvolvam e reforcem as habilidades de todos os colaboradores. Em complemento, treinamentos mais específicos sobre a vaga a ser assumida devem ser oferecidos a quem já tiver sido selecionado, promovendo uma transição mais tranquila e eficaz.

Como você pode perceber, o plano de sucessão é um conjunto de etapas que permite que uma empresa se prepare para encontrar um sucessor para cargos-chave. Isso deve ser feito de forma estratégica e antecipada, e não apenas quando a necessidade realmente surgir. Que as dicas acima o ajudem a enfrentar esses momentos da melhor maneira possível, com tranquilidade e decisões inteligentes!

E você, querida pessoa, como avalia os processos de sucessão na sua empresa? O que poderia ser melhor? Contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!