A desvalorização profissional ocorre sempre que um colaborador percebe que os seus conhecimentos, habilidades, competências e resultados não estão sendo adequadamente reconhecidos, sobretudo pelos seus superiores. Assim, sente-se insatisfeito no emprego que tem, embora, por medo da competitividade do mercado, possa sentir receio de sair da empresa.
Isso pode ser desencadeado por diversos fatores e provocar diferentes consequências, tanto para o profissional quanto para as próprias organizações. Neste artigo, você vai compreender melhor as causas e consequências desse problema, que precisa ser evitado. Para saber mais, continue a leitura a seguir!
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O que é a desvalorização profissional?
Conforme citamos, a desvalorização profissional é um problema que ocorre nos ambientes de trabalho. Nesse caso, as competências e resultados positivos obtidos por um colaborador não são reconhecidos, gerando angústia e insatisfação. Além disso, esse fator pode fazer com que o indivíduo não perceba a própria importância dentro da empresa.
“Por que me esforçar, se ninguém reconhece o que eu faço?” — esse é o raciocínio de quem é desvalorizado, sentindo desânimo e desmotivação para as suas atividades profissionais. Isso aumenta as ocorrências de erros, atrasos, faltas e a própria rotatividade de colaboradores.
Como esse problema ocorre nas empresas?
Há diversos meios pelos quais uma pessoa pode se sentir profissionalmente desvalorizada. Os principais são:
- Salários abaixo da média do mercado para a sua profissão;
- Falta de reconhecimento no dia a dia — feedbacks;
- Incompatibilidade entre a visão e os valores do profissional com os da organização;
- Sensação de vulnerabilidade — “Ninguém reconhece o meu trabalho. Posso perder o emprego a qualquer momento”;
- Ausência de planos de carreira e possibilidades de crescimento;
- Sensação de “abandono” — a empresa não investe em tecnologias, em conforto ao trabalhador, em qualidade de vida no trabalho, em benefícios adicionais etc.
Em todos os casos acima, o que ocorre é uma quebra de expectativas do funcionário em relação ao comportamento da empresa para com ele. Muitas vezes, isso acontece porque ainda é comum a ideia de que o funcionário “não fez mais do que a sua obrigação”, como se o pagamento de um salário anulasse a necessidade de reconhecimento.
Na verdade, todo ser humano tem necessidades emocionais de sentir-se acolhido e reconhecido por quem é, pois isso é um importante fator motivacional para continuar dando o melhor de si. Quando muito, porém, a empresa reconhece o departamento em geral ou permite que o chefe tome para si todos os créditos, desestimulando os funcionários.
Quais são as causas desse tipo de desvalorização?
O problema geralmente ocorre nas empresas em que ainda predomina a ideia de que o colaborador é uma máquina de produzir, e não um ser humano — com emoções, sonhos, desejos, necessidades, medos etc. Assim como um médico não elogia um bisturi, as empresas desse tipo também não reconhecem os seus funcionários.
Nessas organizações, o que se vê são chefes, e não líderes. A diferença não é pequena. O chefe é aquele indivíduo que cobra resultados e faz ameaças quando as metas estão longe de ser batidas. O líder, em compensação, é aquele que compartilha conhecimentos, ensina, corrige sem humilhar, avalia o desempenho e dá feedbacks completos — tanto positivos como negativos.
A desvalorização profissional também é muito comum quando o pensamento dos chefes é o de que: “quem não quiser ficar aqui pode ir embora, pois há muita gente desempregada que gostaria de ter esse emprego”. Acreditam que, devido à grande demanda por empregos, os profissionais são “descartáveis”, e não precisam ser reconhecidos ou respeitados.
Quais são as consequências para o profissional?
O profissional desvalorizado enfrenta uma série de desdobramentos acerca dessa situação dentro da empresa:
- Desmotivação e perda de interesse pelas atividades e resultados;
- Maior ocorrência de faltas e atrasos;
- Maior ocorrência de erros;
- Falta de vontade de aprender coisas novas;
- Insubordinação e problemas de relacionamento, sobretudo com os gestores;
- Queda de produtividade;
- Procura por outras oportunidades de emprego;
- Saída da empresa, em busca de uma oportunidade melhor.
Quando o colaborador tem medo de trocar de emprego ou tem dificuldade de encontrar uma nova oportunidade, a situação “se arrasta”, podendo impactar a saúde do indivíduo. Nesse caso, o desânimo e a desmotivação podem causar estresse, exaustão, baixa autoestima, ansiedade e até mesmo a chamada síndrome de burnout — um esgotamento especificamente associado ao trabalho.
Essa síndrome costuma ocorrer em casos mais graves do que a desvalorização profissional, como assédio no trabalho e abuso de poder, mas também pode ocorrer quando o colaborador não é adequadamente reconhecido pelos seus méritos.
Quais são as consequências para a empresa?
A princípio, os gestores acreditam que tratar os colaboradores como números ou máquinas é uma maneira de manter a disciplina e a produtividade. Contudo, com o passar do tempo, a própria organização começa a sofrer consequências negativas decorrentes da falta de valorização dos seus recursos humanos. Confira as principais delas:
- Queda na produtividade dos colaboradores;
- Aumento na ocorrência de problemas de relacionamento;
- Aumento na ocorrência de falhas;
- Diminuição da qualidade dos projetos e das ideias criativas;
- Prejuízos financeiros, devido aos atrasos, às faltas e aos erros cometidos;
- Falta de motivação e engajamento dos colaboradores;
- Criação de um clima organizacional negativo e pouco estimulante;
- Desenvolvimento de uma imagem negativa para a empresa enquanto empregadora, prejudicando o seu employer branding;
- Aumento no turnover, ou seja, na rotatividade de funcionários, provocando constantes desligamentos e novas contratações — o que impacta as finanças da empresa e a própria dinâmica de trabalho.
Como podemos perceber, a desvalorização profissional tem diversas causas e provoca consequências muito negativas, tanto aos colaboradores quanto às próprias instituições. Por isso, é fundamental oferecer feedbacks de qualidade, investir no bem-estar dos colaboradores e despertar a motivação de cada um, afinal de contas, as empresas só existem por conta das pessoas que nelas trabalham!
E você, querida pessoa, já passou por algum momento de desvalorização profissional? Como lidou com essa situação? Contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!