A psicologia positiva é uma vertente da psicologia que se propõe não apenas à resolução dos transtornos de ordem mental, mas, acima de tudo, a compreender os caminhos que fazem com que um ser humano se sinta verdadeiramente feliz.
O conceito de felicidade é muito relativo, mas as correntes mais modernas da psicologia, como é o caso da psicologia positiva, têm dado contribuições muito expressivas na sua compreensão. A seguir, vamos entender um pouco melhor esse conceito e conhecer os 5 pilares que, de acordo com a psicologia positiva, fazem uma pessoa plena e feliz!
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A complexa definição de felicidade
O conceito de felicidade não é difícil de entender, mas pode ser muito complexo traduzi-lo em palavras, já que ele alcança um nível de abstração e de subjetivismo muito alto. Desde a Grécia Antiga até os dias de hoje, não faltam registros acerca das diferentes versões para esse termo.
No dicionário contemporâneo, a felicidade é definida como um estado de satisfação plena, contentamento e alegria. No entanto, algumas pessoas falam em “buscar a felicidade” como se ela fosse um estado definitivo e permanente.
Essa definição complexa leva muitos psicólogos a até mesmo evitar a utilização do termo. Na psicologia positiva, deve-se entender a felicidade como um estado em que o indivíduo percebe a si mesmo com bem-estar. Contudo, esse estado nunca é absoluto, afinal de contas, as pessoas têm sempre problemas nas diferentes áreas das suas vidas. Assim, a felicidade não é uma utopia, mas uma sensação geral de que, mesmo com os altos e baixos da vida, há um estado predominantemente positivo.
5 aspectos para uma vida plena, segundo a psicologia positiva
Dentro dessa definição realista, mas motivadora, podemos elencar 5 fatores que, de acordo com a corrente da psicologia positiva, estão associados à felicidade e à plenitude.
1. Satisfação
Estar satisfeito com algo é estar saudável e alegre e vivenciar emoções positivas, ao menos na maior parte do tempo. É claro que, como citamos, todo indivíduo tem problemas e objetivos que ainda não foram alcançados. No entanto, pode considerar-se feliz aquele que sente essa sensação de satisfação mesmo ainda sem ter alcançado a linha de chegada, isto é, sentindo alegria também no percurso, com todos os seus altos e baixos.
A satisfação é a compreensão de que, mesmo que não tenhamos tudo o que queremos, isso não é fonte de tristeza. É a ideia de que mesmo tendo muito ainda a alcançar, já podemos vivenciar emoções positivas no dia a dia, por mais distante que ele esteja da perfeição.
2. Engajamento
O ser humano também é mais feliz quando está engajado, ou seja, quando percebe que está em movimento. Ficar estático no curso da vida quase sempre gera infelicidade. Por isso, ser feliz consiste em estar ativo, em vivenciar as diferentes emoções de cada dia, em interagir com as pessoas, em estudar, em adquirir conhecimentos, em trabalhar, em sentir-se útil, e por aí vai.
O engajamento também pode ser entendido como um desejo de melhorar-se continuamente e de alcançar resultados mais expressivos a cada dia. Dessa forma, é feliz aquele que admite os seus pontos de desenvolvimento e que se propõe a progredir nesses aspectos. Esse indivíduo utiliza as suas próprias forças e virtudes do caráter para conduzir a vida, em busca do progresso e da sua melhor versão possível.
3. Sentido
Já que falamos em sentir-se útil, ser feliz, na visão da psicologia positiva, também está associado a encontrar sentido naquilo que fazemos. Assim como as empresas, as pessoas também precisam definir a sua missão, a sua visão e os seus valores — itens que, em conjunto, formam o propósito de vida.
Esse sentido, ou seja, esse propósito de vida pode ser encontrado de diferentes maneiras: no exercício de uma profissão, nos cuidados com a família, nas amizades, no desenvolvimento da comunidade, na política, na educação, na fé, na espiritualidade, no esporte, nas artes, enfim, é um despertar muito subjetivo. O importante é que ele una algo que é importante a algo que desperte prazer e senso de utilidade ao indivíduo.
4. Relacionamentos
Devemos considerar também que o ser humano é um ser social por natureza. Dessa forma, mesmo que não devamos ser emocionalmente dependentes de ninguém, manter um bom relacionamento com quem estiver ao nosso redor é, certamente, um fator importante para a felicidade. Por isso, amigos, familiares, clientes, colegas de trabalho, vizinhos, entre outros, podem enriquecer a nossa vida.
A verdade é que todos nós precisamos uns dos outros, e a evolução da nossa espécie prova que somos mais fortes em conjunto. Isso não quer dizer que não possamos ter momentos de solitude, mas é bom ter com quem contar, tanto ao compartilhar as alegrias quanto ao pedir auxílio nas adversidades. O importante é que saibamos valorizar a qualidade, mais do que a quantidade desses relacionamentos.
5. Autorrealização
Por fim, o conceito de autorrealização, que inclusive é o topo da pirâmide das necessidades humanas de Maslow, é também um conceito-chave para a felicidade, de acordo com a psicologia positiva. A autorrealização surge quanto um indivíduo consegue concretizar no mundo material aquilo que deseja, por meio das suas crenças, virtudes, conhecimentos e habilidades.
Aqui, não estamos falando necessariamente de bens materiais, mas simplesmente de conseguir colocar em prática os seus objetivos e realizar os seus sonhos. Nesse princípio, o indivíduo percebe que está em contínuo crescimento, exercitando a sua independência, a sua autonomia, a sua criatividade e a sua autoestima. A pessoa vivencia todo o seu potencial, mantendo uma relação positiva tanto consigo mesma quanto com o mundo exterior.
Os 5 princípios da psicologia positiva traduzem aquilo que uma pessoa deve desenvolver para que se sinta mais plena e feliz. Não se trata de uma receita ou de uma “fórmula mágica” para o sucesso, mas de princípios-chave, que aparecem em comum no trabalho de diferentes pesquisadores da área. Coloque-os em prática e seja feliz!
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