As emoções são reações bioquímicas que surgem em resposta a determinados estímulos. Por exemplo: você fica feliz ao encontrar-se com os seus amigos ou ansioso quando precisa se preparar para uma apresentação de trabalho. Assim, todas as emoções têm um propósito de existir, ou seja, um motivo muito benéfico.

O problema ocorre quando as emoções surgem em intensidade desproporcional, o que pode nos levar a comportamentos irracionais e inadequados. Neste artigo, vamos entender a importância do controle emocional e descobrir como administrar as próprias emoções. Confira!

A importância do controle emocional

O termo controle talvez não seja o mais indicado, tendo em vista que pode remeter à ideia de repressão, o que também não é saudável. Dessa forma, a inteligência emocional dá preferência ao termo “administração das emoções”, como meio de dosar adequadamente a sua intensidade.

Falar em controle das emoções é complexo, já que são respostas automáticas. Todavia, há meios de administrar o que sentimos e, principalmente, a forma como agimos. Assim, o controle emocional é fundamental para manter o equilíbrio em situações desafiadoras, promovendo decisões mais racionais e relacionamentos saudáveis. Ao administrar as emoções, você evita reações impulsivas e negativas, reduzindo conflitos e estresse.

No ambiente de trabalho, esse processo melhora a comunicação, aumenta a produtividade e facilita a resolução de problemas. Já na vida pessoal, o controle emocional contribui para o bem-estar, promovendo autoconhecimento e resiliência. Essa habilidade também é essencial para lidar com frustrações e mudanças, ajudando a manter uma atitude positiva diante das adversidades.

10 dicas para administrar as próprias emoções

  • Autoconsciência

O primeiro passo para administrar as próprias emoções é reconhecer o que você está sentindo. Identifique as emoções que surgem em diferentes situações e entenda o que as provoca. Quanto mais você se conhece, mais preparado estará para gerenciar as suas reações. Elas não surgem “do nada”, mas em decorrência de algum estímulo. Assim, procure identificar exatamente o que você sente, dando um nome à emoção em questão. Além disso, não se culpe por sentir. Somos todos humanos!

  • Prática da respiração consciente

Quando sentir que está prestes a “perder o controle”, respire profundamente. A respiração lenta e controlada ajuda a reduzir o estresse e a reequilibrar as emoções rapidamente. Ela ameniza o circuito de ansiedade e impulsividade que por vezes é ativado no cérebro. Nesse sentido, a respiração diafragmática tem apresentado os melhores resultados. Para realizá-la, a ideia é mover mais abdômen do que o peitoral quando inspirar. Posteriormente, faça uma expiração mais lenta e suave.

  • Desenvolvimento da empatia

Colocar-se no lugar do outro pode ajudá-lo a lidar com situações desafiadoras com mais calma. A empatia permite entender diferentes perspectivas e reduzir conflitos emocionais. Em contrapartida, as pessoas pouco empáticas tendem a se colocar sempre como corretas em qualquer situação, o que colabora com os excessos emocionais e com os conflitos. Portanto, independentemente de qual seja a situação vivenciada, verifique outras perspectivas além da sua para compreendê-la.

  • Controle da impulsividade

Antes de reagir, pare e reflita. Dê a si mesmo alguns segundos para pensar sobre as consequências das suas ações ou palavras. Uma dica clássica nesse sentido é “conte até 10”. Esse tempo é crucial para evitar reações automáticas e exageradas. O ideal é que não tomemos nenhuma decisão importante quando estivermos sob fortes emoções. Isso vale para o medo, a raiva, a tristeza e até a alegria. Espere que os sentimentos fiquem mais brandos para só depois falar ou tomar uma atitude.

  • Prática de mindfulness

Além da respiração consciente, técnicas de atenção plena, como a meditação mindfulness, ajudam a aumentar a clareza mental e a regular as suas emoções, mantendo o foco no presente e reduzindo a reatividade emocional. Há diversos estudos que comprovam cientificamente os benefícios da prática do mindfulness, inclusive como um auxílio diante de quadros de estresse, ansiedade e insônia. Há uma redução dos circuitos de ansiedade no cérebro quando essa prática é regular.

  • Cuidados com a saúde mental e física

Um corpo saudável e uma mente descansada são fundamentais para controlar as emoções. Por isso, pratique atividades físicas, tenha uma boa noite de sono e mantenha uma alimentação balanceada. Os cuidados que tomamos com o corpo se refletem na mente, e vice-versa. Dessa forma, manter a saúde de maneira geral é um importante meio de administrar a intensidade das nossas emoções. Nesse sentido, lembre-se especialmente de que o descanso e o lazer também são importantes.

  • Aceitação das emoções negativas:

Não tente suprimir ou negar os sentimentos negativos. Aceitar que eles fazem parte da vida e aprender a lidar com eles de forma construtiva é fundamental para uma boa gestão emocional. O medo e a ansiedade nos ajudam a ter mais preparação para os desafios. As tristezas e decepções nos estimulam a manter a humildade e a administrar a nossa criação de expectativas. Portanto, ouça também o que as emoções negativas querem dizer, mas procure ajuda quando estiverem em excesso.

  • Desenvolvimento da resiliência

Aprender a se recuperar de situações difíceis e frustrações é essencial. Essa é a essência da resiliência, que nos ajuda a lidar com desafios sem deixar que as emoções negativas tomem conta. Dessa forma, veja os problemas como oportunidades de aprendizado e crescimento. Além disso, lembre-se de todas as adversidades que você já superou no passado, sobretudo as que pareciam intermináveis. Elas são provas de que não há mal que dure para sempre.

  • Prática de autocompaixão

Outra recomendação importantíssima é: seja gentil consigo mesmo. Evite a autocrítica excessiva e reconheça que todos cometem erros. Quando você trata a si mesmo com compaixão, consegue gerenciar melhor as emoções e manter uma atitude mais positiva. Você não precisa estar sempre bem. Forçar-se a isso seria mergulhar na chamada positividade tóxica, o que não é nada saudável. Portanto, aceite as suas emoções e lembre-se de que elas também não vão ficar para sempre.

  • Criação de limites emocionais

Estabelecer limites saudáveis nas suas interações com os outros também é importante para administrar as suas emoções. Isso significa dizer “não” quando necessário e evitar, se possível, situações ou pessoas que desencadeiam emoções negativas excessivas. Proteger o seu bem-estar emocional ajuda a manter o equilíbrio em situações desafiadoras. Se você não impuser limites às pessoas do seu convívio, ninguém fará isso por você. Seja a sua prioridade sempre!

Para concluir, entendemos que o controle emocional, ou melhor, a administração das emoções, é um fator importantíssimo para a saúde mental e para as relações que construímos nas diferentes áreas da vida. Portanto, precisamos desenvolver essa habilidade por meio da aceitação, dos limites, da meditação, do controle da impulsividade, enfim, de todas as recomendações citadas acima.

E você, querida pessoa, como tem desenvolvido o controle das suas emoções? Quais das dicas acima você já incluiu na sua rotina? Que outras recomendações você poderia acrescentar à nossa lista? Contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!