Ele é tema de basicamente todas as novelas, filmes, músicas e muitas outras expressões artísticas. Ele colore nossas vidas e dá mais graça à nossa existência. Ele já foi extremamente discutido por filósofos de todos os tempos e origens. Estamos falando daquele que é possivelmente o mais complexo dos sentimentos humanos: o amor.

Afinal, por que o amor existe? Quais são as diferentes formas de demonstração desse intenso sentimento? Por que é importante demonstrar e disseminar o amor? Para descobrir as respostas (ou ao menos iniciar um processo de reflexão), continue lendo este artigo.

A complexidade do amor

Segundo o dicionário Priberam, existem 12 definições para esse poderoso sentimento. Não é difícil entender o amor, mas colocá-lo em palavras é um grande desafio. Segundo este dicionário, ele é definido como: “sentimento que induz a aproximar, a proteger ou a conservar a pessoa pela qual se sente afeição ou atração; grande afeição ou afinidade forte por outra pessoa”.

A complexidade do amor consiste no fato de que ele é composto por diferentes emoções ao mesmo tempo. Quando amamos algo ou alguém, sentimos carinho, afeto, preocupação, ciúme, raiva, compaixão, gratidão – tudo isso de forma simultânea.

O amor é uma grande força motivacional. É ele que nos faz querer conquistar um parceiro amoroso, proteger a família, educar os filhos, cultivar as amizades, defender nossas ideias, crescer numa profissão, enfim, viver. Essas grandes paixões são o combustível da vida, de modo que, sem o amor, não sairíamos do lugar, e a vida não teria a menor graça.

É claro que esse complexo e nobre sentimento é composto tanto por aspectos positivos quanto negativos. Cabe a nós, seres que amam, desenvolver o equilíbrio emocional para fazer o melhor uso possível do amor em nossas vidas. O amor nos une enquanto sociedade e, se há egoísmo e individualismo, é o amor o principal antídoto para que o mundo seja um lugar melhor.

Os tipos de amor

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Quando falamos em “amor”, a primeira imagem que nos surge à mente é a de um casal apaixonado. No entanto, esse é apenas um dos tipos de amor. A seguir, você confere as diferentes expressões dessa emoção:

1. O amor à família

A família é o primeiro grupo ao qual pertencemos e, portanto, é também o primeiro conjunto de pessoas com os quais criamos laços de amor. Os pais dão a vida e a educação para que os filhos aprendam a viver. Os irmãos ensinam uns aos outros, brincam, brigam, compartilham, enfim, manifestam seu amor de forma única.

Da mesma maneira, avós, primos, tios e demais familiares também constroem uma teia familiar que une as pessoas – não apenas pelo sangue e pela genética, mas pelo amor, que os gregos antigos chamavam de storge. Mesmo que discussões e divergências eventualmente surjam, a família é nossa primeira experiência em sociedade.

2. O amor aos amigos

Diz-se popularmente que os amigos são a família que nos foi permitido escolher. Nos locais que frequentamos, como escolas, universidades, igrejas, clubes e locais de trabalho, conhecemos diversas pessoas. As afinidades surgem quando são identificados interesses em comum, mas também diferenças que se complementam.

A amizade é um tipo de amor, que na Grécia Antiga foi chamado de philia. É o amor dos companheiros de jornada – mais do que um simples coleguismo, mas o estabelecimento de uma amizade verdadeira. Esse tipo de amor une a humanidade e evita o isolamento e a solidão.

3. O amor romântico

O terceiro tipo de amor é o chamado amor romântico. Nessa expressão de amor, temos os casais de namorados – indivíduos que, num dado ponto da vida, conhecem-se e apaixonam-se por completo. Trata-se de uma forte conexão mental, emocional, espiritual e física.

Se assim desejarem, esse amor, conhecido pelos gregos como eros, é o que une os dois amantes e lhes permite que constituam uma nova família. Esse forte elo pode ocorrer por uma vida inteira, em que os namorados tornam-se noivos, casam-se e podem até envelhecer um ao lado do outro.

4. O amor a uma causa

É comum associarmos o conceito de amor a pessoas. No entanto, é possível expressá-lo também em outros contextos. Um médico ou um psicólogo pode fazer de sua profissão uma expressão de amor pela humanidade. O mesmo pode ser dito dos veterinários e de seu amor pelos animais; dos filósofos e de sua paixão pelo conhecimento; dos artistas e de seu amor pelas artes em geral; dos professores e de seu amor pela educação.

Uma pessoa pode amar sua profissão, a arte, a natureza, a saúde, o esporte e até mesmo uma ideia. Ecologia, democracia, igualdade racial, direitos da mulher, justiça social, sem falar nas religiões – todas essas causas têm verdadeiras legiões de indivíduos que as amam e que lutam por elas por considerarem-nas benéficas para a humanidade. Sim, o amor também se expressa quando encontramos nossa missão de vida, nossos propósitos e nossos valores.

5. O amor próprio

Por último, mas definitivamente não menos importante, há o amor próprio. Amar a si mesmo é uma demonstração de autoestima e de saúde emocional. Quando deixamos de amar a nós mesmos, de lutar por nossos objetivos, de fazer o que nos faz felizes, é porque adoecemos e precisamos recuperar a saúde e a vitalidade.

Há quem defenda que esse é o mais importante dos tipos de amor, já que cada indivíduo está sempre consigo mesmo, 24 horas por dia, 7 dias por semana, enquanto viver. Uma relação assim tão intensa e profunda precisa de muito amor.

3 frases sobre o amor

Como citado no início deste artigo, o amor é tema de muitas reflexões intelectuais e filosóficas de diferentes tempos e locais. A seguir, você confere três frases que expressam diferentes pensamentos sobre o amor:

  • “A medida do amor é amar sem medida.” – Santo Agostinho

Este pensamento é atribuído a Santo Agostinho, um dos principais filósofos dos primeiros séculos do cristianismo. Ele reflete que é difícil mensurar o amor, dosá-lo ou controlá-lo. O importante é se entregar a este sentimento e vivenciá-lo de forma intensa e verdadeira.

  • “Cada qual sabe amar a seu modo; o modo, pouco importa; o essencial é que saiba amar.” – Machado de Assis

Um dos maiores nomes da literatura brasileira, Machado de Assis viveu no século XIX e início do século XX. Na visão do autor, cada pessoa dissemina a arte de amar de uma maneira única. Um olhar, um gesto, uma frase, uma atitude – o amor é perceptível em todas essas manifestações, desde que seja verdadeiro.

  • “Amar é encontrar na felicidade do outro a sua própria felicidade” – Gottfried Leibniz

A frase acima é atribuída ao filósofo alemão do século XVII Gottfried Leibniz. O autor associa os conceitos de amor e de felicidade, entendendo que amar é ser feliz, o que só é possível quando a pessoa amada também está feliz. O pensamento reflete a preocupação e o afeto com o outro como condição para encontrar sua própria plenitude.

É possível perceber que amor é um assunto vasto, complexo e intenso. Talvez seja por isso que existam maneiras tão diferentes de expressá-lo. Talvez seja por isso também que tantos personagens da história da humanidade dedicaram suas vidas à compreensão de tão complexo sentimento.

É você, de que forma têm expressado seu amor? Deixe sua visão sobre o assunto aqui nos comentários. E não se esqueça também de compartilhar este artigo com todos aqueles que você ama. Transmitir conhecimento também faz parte da arte de disseminar o amor.