O número de pessoas que já tiveram uma crise nervosa devido a estresse no trabalho é cada dia maior e mais alarmante. Como sabemos, o ambiente corporativo pode ser demasiadamente tenso, de maneira que muitos indivíduos, que se veem constantemente sob pressão, em determinados momentos, chegam ao seu limite e perdem o senso de realidade. Com isso, acabam tendo explosões emocionais graves, que prejudicam a sua carreira, a sua saúde mental e o seu bem-estar.

Neste artigo, vamos compreender de forma mais clara o que é uma crise nervosa e quais são os fatores que levam as pessoas a esse problema no ambiente de trabalho. Para saber mais, é só dar continuidade à leitura a seguir!

O que é uma crise nervosa?

Antes de discutirmos as causas de uma crise nervosa no trabalho, é essencial compreendermos a que essa expressão se refere. Trata-se de um momento em que o indivíduo se encontra de tal forma fragilizado emocionalmente que perde, momentaneamente, o seu autocontrole emocional e a capacidade de gerenciar as suas emoções e de realizar as suas tarefas.

Algumas pessoas podem ter um episódio de explosão, em que a crise chega ao seu ápice ou, então, um momento de paralisia em que simplesmente deixam de responder aos estímulos externos. Pode haver gritos, choros, raiva, enfim, cada um se expressa de forma única.

A crise nervosa se caracteriza por, também, apresentar sintomas físicos, como sudorese nas extremidades (pés e mãos), sensação de estar sufocado, frequência cardíaca acelerada, tremores, entre outros. O indivíduo que passa por um colapso nervoso tende a viver um momento de descompasso emocional.

Quais são os motivos para uma crise nervosa no trabalho?

A rotina de trabalho se transformou, nos últimos anos, devido às novas tecnologias e à necessidade de respostas imediatas. Esse ritmo pode se tornar extremamente estressante, gerando crises nervosas. A seguir, listaremos maiores informações sobre a crise nervosa, as causas e as consequências que têm tornado os funcionários das empresas mais suscetíveis a ter momentos de grande estresse.

1. Problemas de comunicação na empresa

Se os diferentes setores da empresa não mantêm uma comunicação eficiente, o retrabalho cresce, e, com isso, aumentam a irritabilidade e a frustração com a organização, os colegas e os líderes. Falhas de comunicação fazem com que as pessoas cometam erros ou que os projetos levem muito mais tempo para serem concluídos do que havia sido previsto. Por isso, uma rede sólida de comunicação interna torna as informações mais claras e previne a circulação de boatos.

2. Metas fora da realidade

Algumas empresas trabalham com projeções que, simplesmente, não podem ser alcançadas, e os funcionários se sentem pressionados a fazer cada vez mais em menos tempo. Por não darem conta de alcançar esses alvos muito ousados e serem extremamente cobrados, colapsam, acreditando que são incompetentes — o que nem sempre é verdade. Por isso, é importante que as organizações mantenham as metas estimulantes, mas realistas. É preciso motivar a equipe, sem tirar os pés do chão.

3. Líderes sem jogo de cintura

Trabalhar em uma equipe em que o líder não consegue comandar os diferentes perfis e nem organizar a dinâmica de maneira saudável pode funcionar como o estopim para uma crise nervosa. Um líder sem equilíbrio emocional, que explode com o colaborador cada vez que um erro é cometido, gera medo e estresse, que são gatilhos para as crises emocionais. Todo líder deve ser um exemplo do que espera nos seus liderados. Portanto, é preciso que ele seja equilibrado, organizado e claro ao comunicar-se.

4. Falta de prioridades sobre as tarefas mais importantes

Se o gestor da equipe não consegue estipular de forma eficaz quais são as prioridades, isso pode atrapalhar significativamente o trabalho dos colaboradores e sobrecarregá-los. Os funcionários precisam fazer uma tarefa de cada vez, pois a multitarefa é um mito que não aumenta a produtividade e só prejudica o desempenho e a saúde mental das pessoas. Dessa forma, as crises nervosas surgem quando as pessoas não sabem por onde começar e em que ordem agir.

5. Sobrecarga de trabalho

Algumas empresas têm exigido que os seus funcionários assumam funções que seriam de outros profissionais, sem oferecer a eles um aumento salarial, por exemplo. Essa falta de reconhecimento é outra causa da crise nervosa. Além disso, é preciso compreender que corpos e cérebros não são máquinas, mas estrutura orgânicas que precisam de descanso. Sem folgas e férias, por exemplo, as pessoas adoecem física e emocionalmente — daí a importância de delegar as funções com equilíbrio.

6. Prazos muito curtos

As tarefas precisam ser executadas com qualidade e em durações adequadas. Em alguns casos, um simples planejamento resultaria em prazos mais factíveis e menos estresse. Contudo, algumas empresas são tão sedentas por resultados que acabam queimando etapas e aumentando a ocorrência de erros. Na pressa, ignoram processos e, paradoxalmente, têm que refazer as atividades, atrasando a sua conclusão. Como se diz popularmente, “a pressa é inimiga da perfeição”.

7. Falta de clareza nos projetos

Para boa parte dos funcionários que passaram por uma crise nervosa no trabalho, a causa foi a falta de clareza em relação às atividades que deveriam realizar. Permanecer muito tempo na mesma tarefa, uma vez que ela não foi devidamente explicada, pode ser bastante estressante. Além disso, os funcionários podem ser cobrados por atividades que não foram explicadas em detalhes, sendo culpados por erros que não são exatamente culpa sua.

8. Conflitos com colegas

Por fim, devemos nos lembrar de que as empresas reúnem pessoas que nunca se viram antes na vida para que cooperem entre si para alcançar objetivos. Essas pessoas não foram escolhidas por afinidades e podem ter diferenças consideráveis de crenças, temperamentos e conhecimentos. Portanto, essas diferenças podem gerar conflitos nem sempre fáceis de resolver. Em um contexto de pressão por resultados, isso pode desencadear crises nervosas no trabalho.

As crises nervosas no trabalho, como você pode notar, podem ser causadas por diversos fatores, relacionados aos profissionais, à cultura da empresa e aos seus líderes. Por isso, as organizações precisam estar atentas a cada um deles e olhar para os seus colaboradores com mais respeito. É importante também ter uma rotina de cuidados com a saúde mental e procurar ajuda profissional (de médicos e psicólogos) em caso de crise nervosa.

E você, querida pessoa, já presenciou ou teve algum episódio de crise nervosa no trabalho? Conseguiu identificar os fatores que desencadearam o problema? Como superou a situação? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!