Relacionamento amoroso, criação dos filhos, obrigações no trabalho, conflitos com o chefe, estudos, cuidados domésticos, situação financeira, trânsito, problemas de saúde, poluição, violência urbana. É, não faltam situações complexas nas nossas vidas. Quando vivenciadas rotineiramente, elas podem desencadear quadros de estresse elevado, gerando desequilíbrio emocional.

Isso pode fazer com que as pessoas “saiam do eixo” com mais frequência, causando instabilidades na sua área emocional. Neste artigo, vamos compreender o que exatamente é esse problema, quais são as suas causas, quais são os seus sintomas e o que podemos fazer para resolvê-lo. Continue a leitura e saiba mais!

Desequilíbrio emocional: o que é?

As emoções são respostas físicas e mentais que o organismo dispara frente a determinados estímulos ambientais. Elas são importantes para que possamos tomar ações específicas frente a esses estímulos, como correr de medo ao encontrarmos um animal feroz em uma trilha, a fim de proteger a vida.

No entanto, o desequilíbrio emocional ocorre quando o nosso cérebro dispara essas reações de forma muito frequente ou desproporcionalmente intensa aos fatos. Nesse caso, as emoções podem ser mais nocivas do que benéficas.

Por exemplo: se o seu computador está muito lento no trabalho, é natural irritar-se, mas pedir ajuda para alguém que possa alterar as configurações da máquina de alguma forma. Em desequilíbrio emocional, porém, você poderia xingar a máquina, quebrá-la e reclamar da estrutura da empresa ao seu chefe, o que poderia trazer-lhe consequências muito negativas.

Esse desequilíbrio emocional, portanto, pode prejudicar o seu trabalho, os seus estudos, os seus relacionamentos e até mesmo a sua saúde.

Quais são as causas desse problema?

PSC

Conforme citamos no início do texto, são vários os fatores ambientais que podem desencadear um quadro de desequilíbrio emocional. Ele pode ter as suas origens em questões pessoais, de relacionamento, de sobrecarga no trabalho ou nos estudos, de crises financeiras, de problemas de saúde, e por aí vai,

Além desses fatores ambientais, há também fatores genéticos associados aos transtornos de ordem emocional, o que explica por que algumas pessoas têm maior propensão a esses episódios de desequilíbrio do que outras. Quem também entra nesse somatório de fatores é o passado do indivíduo, ou seja, os eventos da sua história que posam tê-lo fragilizado de alguma maneira.

O que se sente nesses momentos de desequilíbrio?

Os episódios de desequilíbrio emocional podem variar de um indivíduo para outro, mas alguns sintomas são bastante comuns na maioria daqueles que passam pelo problema. Confira-os na sequência.

1. Insônia

A insônia é um problema em que um indivíduo dorme menos do que o necessário. Isso pode se expressar de diferentes maneiras: ter dificuldade para iniciar o sono, despertar com frequência durante a noite ou acordar mais cedo do que de costume, não conseguindo retomar o sono. A ansiedade, os pensamentos acelerados e as preocupações impedem o indivíduo de relaxar, mantendo o cérebro ativo. Dessa forma, mesmo que esteja fisicamente cansada, a pessoa tem dificuldade para dormir.

2. Dificuldade de concentração

Basicamente pelos mesmos motivos da insônia, a pessoa com desequilíbrio emocional também apresente dificuldade de se concentrar nas suas atividades. É o caso daquele indivíduo que começa a ler um livro, mas, quando se dá conta, está com os pensamentos voltados às suas preocupações, e não àquilo que acabou de ler. Isso pode prejudicar os estudos, o trabalho e até mesmo as tarefas básicas do cotidiano. Em um círculo vicioso, esse processo deixa a pessoa ainda mais nervosa ou ansiosa.

3. Oscilações de humor frequentes

Conforme citamos, o desequilíbrio emocional leva o indivíduo a ter reações desproporcionais aos fatos. Isso pode fazer com que a pessoa que estava tendo um dia calmo tenha verdadeiras explosões de raiva por questões não tão graves. Um computador lento, conforme citamos, pode levar o indivíduo a tornar-se mais agressivo e impaciente, dando respostas ríspidas a quem estiver ao seu redor. Isso agrava o seu relacionamento interpessoal, gerando culpa e arrependimentos.

4. Sintomas físicos

O estresse e a ansiedade são mecanismos orgânicos evolutivamente programados para nos preparar para lutar ou fugir. Por isso, quando ativos, eles disparam a frequência cardíaca, a pressão arterial, as respirações por minuto, a tensão muscular etc.

Quando vivenciamos momentos de desequilíbrio emocional, esse sistema é disparado, o que pode gerar dores de cabeça, dores musculares, problemas gástricos, entre outros. Sem causas físicas, esses sintomas nos indicam que precisamos de mais cuidados com a saúde mental.

Como tratar o desequilíbrio emocional?

Os quadros de desequilíbrio emocional infelizmente têm se tornado cada vez mais frequentes. Por isso, precisamos recorrer a várias estratégias para administrar a intensidade daquilo que sentimos, atuando na resolução e na prevenção do problema. Confira algumas dessas estratégias:

  • Praticar atividades físicas com regularidade;
  • Ter uma rotina regrada, definindo horários para cada atividade;
  • Não assumir mais compromissos do que você dá conta;
  • Incluir pausas e momentos de descanso físico e mental ao longo do dia;
  • Ter momentos de diversão e hobbies, individuais ou ao lado das pessoas a quem ama (rede de apoio: família, amigos etc.);
  • Identificar propósitos nas tarefas da sua rotina;
  • Não assumir para si preocupações que não são suas;
  • Afastar-se, na medida do possível, de atividades e pessoas que despertam sentimentos negativos;
  • Entender que está tudo bem em não estar sempre bem;
  • Refletir sobre as suas emoções e sobre as origens delas;
  • Ter momentos de relaxamento diariamente: com banhos relaxantes, meditações, orações e técnicas de respiração profunda e consciente;
  • Evitar comparar-se com outras pessoas (monitorar o tempo nas redes sociais!);
  • Lembrar-se de que não há problema na vida que seja eterno;
  • Levar as suas questões individuais para a psicoterapia;
  • Adotar novos comportamentos: não reprimir as emoções, mas trazê-las para a luz da razão, evitando falar ou agir enquanto elas estiverem intensas.

O desequilíbrio emocional, portanto, é um efeito de reações intensas e desproporcionais aos fatos, sobretudo em momentos de estresse. Ele pode ocorrer sobre qualquer área da vida e trazer consequências negativas. Por isso, coloque as recomendações acima em prática para administrar melhor os seus sentimentos!

E você, querida pessoa, como tem administrado a intensidade da sua emocionalidade? Contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!