Você com certeza já se deparou com aqueles arcos amarelos que se parecem com uma letra “M” para simbolizar a rede de fast food McDonald’s ou com aquela letra “F” dentro de um quadrado azul que, de forma inconfundível, identifica o Facebook, não é mesmo?

Esses dois símbolos são extremamente conhecidos e importantes, já que identificam visualmente suas respectivas marcas. No entanto, sempre que este assunto surge, vem a dúvida: o correto é “logotipo” ou “logomarca”? Qual a importância desse conceito no mundo das marcas? Para descobrir as respostas, continue a ler este artigo.

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Logotipo ou logomarca – Qual o termo correto?

A maioria das marcas é composta por uma parte escrita (o nome da marca, escrito de forma estilizada) e por um desenho que o acompanha, como é o caso dos arcos amarelos do McDonald’s.

A parte escrita recebe o nome de logotipo. O termo “logos” vem do grego e significa “conceito” ou “significado”. O termo “tipo” refere-se a um modelo específico de letra, de onde vem o termo “tipografia”. Portanto, o logotipo é a escrita característica de uma marca, estilizada para expressar o seu significado.

A parte do desenho recebe o nome de “símbolo” ou “ícone”. O conjunto das duas partes recebe o nome de marca. No entanto, uma marca pode consistir exclusivamente no símbolo (desenho), sem a parte escrita, ou exclusivamente no logotipo (somente a parte escrita, sem o desenho).

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Resumindo: logotipo (parte escrita) + símbolo (desenho) = marca.

Por que dizer “logomarca” não é o ideal?

Como explicamos anteriormente, o termo “logos” tem origem grega e significa “conceito” ou “significado”. O termo “marca” vem do germânico “marka” e significa absolutamente a mesma coisa: “conceito” ou “significado”. Portanto, “logomarca” é uma expressão redundante, que significaria “conceito do conceito” ou “significado do significado”.

No entanto, o termo acaba tornando-se consagrado pelo uso e teoricamente não está errado em língua portuguesa, já que é encontrado em muitos dicionários. Na dúvida entre logotipo e logomarca, muitos profissionais da comunicação acabam optando pela abreviação “logo”, evitando o problema. O ideal é usar apenas o termo “marca”, ou “logotipo” para referir-se à parte textual.

Qual a importância de um logo?

O logo é a representação visual de uma marca. Por meio dele, as embalagens, produtos, fachadas e peças de comunicação (filmes publicitários, anúncios impressos, redes sociais, websites etc.) são mais facilmente reconhecidos. Ao logo da história, os logos foram concebidos e popularizados com o objetivo inicial de diferenciar um produto de seu concorrente.

Hoje em dia, porém, a utilização dos logos vai muito além da mera função da identificação. Por meio da escolha das fontes, dos símbolos e das cores, as empresas expressam diversos significados que estão ali nas entrelinhas. É por meio desses elementos que a marca comunica seus valores, produz identificação com seu público-alvo e fica gravada na memória das pessoas.

Como construir uma marca forte?

A construção de um logo não é um trabalho puramente artístico e intuitivo, como muitos possam pensar. Os profissionais da área (designers e diretores de arte) fazem pesquisas e testes intensos, levando em consideração uma série de aspectos que a maioria das pessoas nem imagina.

Confira, a seguir, 7 dicas de criação de um logo de sucesso:

1. Conheça o público-alvo

Você com certeza já percebeu que as escolhas visuais de concepção de uma marca variam de acordo com seu público. Há marcas mais femininas, outras mais masculinas, algumas têm forte apelo infantil, algumas focam na modernidade, outras são mais tradicionais, e por aí vai.

É importante que o logo tenha uma associação forte e rápida com o público ao qual se destina. Uma caveira, por exemplo, pode funcionar bem numa marca de motocicletas, mas será extremamente inapropriada num buffet infantil, certo? Portanto, o primeiro passo é entender qual é o público-alvo dessa marca para construir uma solução adequada.

2. Conheça os valores da empresa

Como citamos anteriormente, a marca é a representação visual dos valores de uma empresa. Por isso, é importante fazer esse levantamento de valores que devem estar, de alguma maneira, expressos no logo. Os valores das empresas costumam ser: tradição, conservadorismo, modernidade, inovação, velocidade, tecnologia, criatividade, confiança, responsabilidade social, diversidade, sustentabilidade ambiental, alegria, descontração, popularidade, requinte, juventude etc.

A identificação desses valores, somada à sensibilidade do designer, orientará a escolha de fontes, cores e símbolos que de fato expressem a maneira como a marca deseja ser vista.

3. Pesquise os concorrentes

Pesquisar os concorrentes, especialmente os líderes de segmento de mercado, é uma estratégia extremamente útil e importante. Isso não deve ser feito com o intuito de copiar ou ficar muito parecido. Entretanto, a pesquisa sobre a identidade visual da concorrência permite que os designers compreendam a “lógica” do segmento em que estão inseridos.

Isso permite que cores, símbolos e fontes sejam tomadas como referência e inspiração, mas é importante que a marca saiba se diferenciar dessa concorrência, criando um logo próprio que expresse sua identidade. Além disso, a pesquisa evita que logos de empresas concorrentes fiquem muito parecidos uns com os outros, o que também não é nada desejável.

4. Pesquise as tendências

Você já deve ter percebido que as marcas fazem evoluções de seus logos de tempos em tempos. Transformações radicais não são indicadas, pois podem confundir o consumidor e fazer com que a marca perca sua essência, mas pequenas atualizações são sempre bem-vindas. Um logo dos anos 1980 é bastante diferente de um logo da atualidade, pois alguns traços visuais caíram em desuso, enquanto outros surgiram, conforme novas tecnologias e programas se desenvolveram.

Acompanhar as tendências é importante para que uma marca saiba se inserir no tempo-espaço. Por isso, os profissionais da área precisam acompanhar as tendências artísticas do momento, de olho no que acontece nacional e internacionalmente. No entanto, é importante ressaltar que acompanhar tendências não significa copiar o que todo mundo já faz. É preciso ser original e entender que tendências vêm e vão, mantendo a flexibilidade de atualizar o logo sempre que necessário.

5. Escolha cores apropriadas

As cores são capazes de produzir determinadas emoções, de acordo com a teoria da psicologia das cores. Elas são muito utilizadas na identidade visual de marcas. O azul, por exemplo, é uma cor que transmite sobriedade e confiança, enquanto o vermelho transmite excitação e coragem.

Além disso, cada segmento possui suas próprias tendências de cores. Na área da alimentação, destacam-se o vermelho e o amarelo. Na tecnologia, o azul e o roxo. Nas marcas com algum viés ambiental e na área da saúde impera o verde. Por este motivo, é importante pesquisar a concorrência e os valores que a marca deseja transmitir antes de selecionar as cores.

6. Selecione a tipografia

A tipografia consiste na seleção da fonte, ou seja, no estilo de letra que será utilizado para a escrita do nome da marca. Geralmente, as marcas criam fontes próprias para seus logos, mas, claro, utilizam fontes já consagradas como inspiração.

Algumas fontes, especialmente as com serifa (aqueles traços e prolongamentos que ocorrem no fim das hastes das letras), são mais indicadas para marcas mais tradicionais, conservadoras e de alto padrão. Fontes sem serifa, por sua vez, comunicam mais jovialidade e modernidade.

Além disso, há outras variações de grossura da fonte, formatos, curvas etc. O importante é que a fonte escolhida tenha a ver com o conceito da marca e seja legível.

7. Faça esboços, pesquisas e testes de aplicação

Por fim, é preciso testar a marca e verificar sua popularidade. Muitas empresas fazem pesquisas junto aos seus públicos para descobrirem suas preferências de cores, fontes e desenhos. Além disso, também pedem sua opinião sobre modelos de logos, identificando qual é o que mais agrada às pessoas.

Além de esboços e pesquisas, também é importante fazer testes de aplicação, ou seja, verificar como o logo fica quando aplicado sobre diferentes cores, materiais e plataformas. Às vezes, um logo maravilhoso não fica bem em determinado fundo, precisando ser refeito.

Como você pode perceber, construir um logo não é uma missão fácil, mas pode ser muito importante e bem-sucedida, desde que seja feita com planejamento e estudo. Agora, você sabe que o correto é utilizar os termos marca (para referir-se ao todo) e logotipo (para referir-se à parte textual), devendo evitar o uso do termo “logomarca”.

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