Querida pessoa, você já foi pisado em algum momento da vida? Já se sentiu rejeitado ou humilhado? Já sentiu que outra pessoa se colocou em posição de superioridade, como se você estivesse sendo esmagado por ela?

Essa sensação é péssima e, infelizmente, pode ocorrer com qualquer pessoa em qualquer momento da vida. Podemos nos sentir assim diante das falas ou das atitudes de chefes, de colegas de trabalho, de “amigos” e até mesmo de familiares. Um comentário ou um gesto podem nos inferiorizar.

Além disso, as próprias circunstâncias da vida podem nos levar a esse estado de exaustão emocional: baixos salários, desemprego, injustiças, brigas, doenças, enfim, há uma série de situações adversas que nos geram essa sensação sufocante de estarmos sendo pressionados e pisados. Se isso ocorre com você, saiba que não está sozinho. Acompanhe-nos na reflexão a seguir!

Acalme o seu coração

Em primeiro lugar, não se desespere. Quando passamos por esses momentos difíceis da vida, é natural que surja uma mentalidade acelerada e ansiosa, que está sempre detectando problemas e que começa a ver a vida de uma forma exclusivamente negativa. Não permita que isso aconteça. As adversidades da vida não devem ser um convite ao desânimo ou à desistência. Viver continua valendo a pena, mesmo nos momentos não tão bons assim, e você já vai entender por que.

Confie nas suas próprias capacidades, confie em Deus, confie no que quer que seja a sua crença. Há algo maior que nos protege e que faz com que todas as nossas experiências façam sentido, inclusive as que parecem terríveis e desesperadoras agora. Todo mundo tem problemas, e nós não “surgimos” neste mundo para sofrer, mas para aprender, crescer e evoluir.

Perdoe e peça perdão

Diz-se que Nelson Mandela, ao sair da prisão por motivos políticos pela qual passou, quis perdoar os seus desafetos. Ele fez isso porque queria colocar um ponto final nos ciclos difíceis pelos quais tinha passado. Em nome da democracia, Mandela venceu o prêmio Nobel da Paz de 1993.

PSC

Inspire-se no exemplo desse grande líder. Entenda que, mesmo que existam pessoas provocando injustiças, rejeições, humilhações e sofrimento, você não precisa deixar que essas experiências definam quem você ou alterem a sua essência. Da mesma maneira, quando perceber que você fez outras pessoas sentirem-se feridas, peça perdão.

Perdoar e ser perdoado são processos importantes para encerrar ciclos e permitir que a vida continue — tanto a sua quanto a das demais pessoas. Por isso, procure a conciliação, e não a vingança. Coloque um fim a esse ciclo de pisar/ser pisado.

Aprenda com os próprios erros

O sofrimento pode ser uma experiência de aprendizados. Enquanto passamos por esse momento delicado, pode ser difícil perceber isso, mas nós temos muito a extrair de lição nessas circunstâncias. A dor que o outro nos causa faz com que nós saibamos que também somos responsáveis pela dor dos outros, em várias ocasiões.

Além disso, nós também podemos causar dor a nós mesmos. Isso ocorre quando cometemos erros, quando confiamos em quem não devíamos, quando queremos “cortar caminhos”, quando deixamos de fazer o que é certo, quando tomamos decisões de forma precipitada, quando deixamos de cuidar da saúde física e mental, quando permitimos que as emoções nos controlem, e por aí vai.

Em todos esses momentos, respire fundo. Quando somos pisados por outras pessoas, ou por nós mesmos, vivemos o lado negativo da vida, o que não é bom, mas serve de aprendizado — mesmo que seja do que NÃO devemos fazer.

Inspire-se na uva e na azeitona

Pense nas uvas. Elas são frutas belas e saborosas, mas não são lá muito especiais. São comuns, relativamente baratas e acessíveis. No entanto, quando são pisadas e submetidas a uma série de processos, mostram o seu melhor potencial: o de gerar o vinho. Esse novo produto é raro, caro, nobre. Algo semelhante ocorre com as azeitonas. O fruto da oliveira também é comum e acessível, mas somente quando é submetido a uma enorme pressão gera o azeite, poderoso ingrediente culinário.

Perceba que esses alimentos despertam o que há de melhor dentro de si apenas quando são pisados ou submetidos a essas pressões. O mesmo vale para nós: aquilo que hoje gera dor e sofrimento pode também gerar conhecimentos, habilidades e atitudes de valor. Lá na frente, poderemos colher frutos muito mais valiosos, pois fomos submetidos a esses sacrifícios. Sair da zona de conforto é uma arte dolorosa, mas o seu produto final com certeza vale a pena.

Lembre-se de que a dor gera força e humildade

As crianças que são superprotegidas não sabem como lidar com as adversidades quando elas surgem. Desestabilizam-se emocionalmente, sentem medos desproporcionais e não sabem lidar com a frustração. Por isso, entenda que um pouco de dor e de desafio é saudável. Isso faz com que nós nos sintamos mais humanos e sejamos mais humildes. Esses momentos revelam o quanto ainda precisamos crescer, mantendo o nosso orgulho sob controle.

Da mesma forma, lidar com as adversidades da vida estimula a nossa inteligência, criatividade, resiliência, equilíbrio emocional, empatia, enfim, uma série de competências e saberes essenciais para uma vida mais feliz. É enfrentando problemas que aprendemos o que precisa ser aprendido — e é esse aprendizado que nos conduz às vitórias que tanto desejamos. Não existe troféu sem o esforço da competição. É a dificuldade que engrandece a conquista. Por isso, aproveite o percurso, mesmo que ele seja “sob pressão”.

Concluindo, mesmo sendo pisado, descanse o seu coração. Mantenha a mente e as emoções sob equilíbrio, pois tudo tem uma razão de ser e existir. As pedras do caminho podem não fazer sentido agora, mas elas desenvolvem em você uma série de atitudes que o levam ao estado desejado, muitas vezes sem que você perceba. Aliás, há dores que nos livram de dores ainda maiores, assim como alguns venenos cortam o efeito de outros venenos mais potentes. Confie e dê o melhor de si. Sempre!

E você, ser de luz, como se sente quando é “pisado” pelas pessoas ou pelas circunstâncias da vida? Se desespera ou acredita que há um propósito maior por trás de tudo o que passamos? Contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!