MVP é uma sigla em inglês para Minimum Viable Product, cuja tradução é “Produto Mínimo Viável”. Esse conceito se refere à versão mais simples e enxuta de um produto, que é concebida apenas para verificar se é viável comercializá-lo, antes mesmo do seu lançamento completo. O propósito é utilizar o mínimo possível de recursos (tempo e dinheiro) para mostrar a proposta de valor do projeto.

Trata-se de uma ferramenta do empreendedorismo que tem o objetivo da avaliar um projeto antes de investir muito dinheiro nele, segurando um pouco a empolgação inicial. Neste artigo, você vai entender por que o MVP é importante para o sucesso das empresas e de que maneira essa estratégia deve ser adotada. Boa leitura!

A importância do MVP para as empresas

A estratégia do MVP vai ao encontro do conceito de Lean Startup, que são empresas que empregam o mínimo possível de recursos para garantir a maximização do retorno sobre os investimentos. Por isso, o MVP ajuda nesse processo, já que ele permite a validação da ideia de um produto, sem que ele já esteja completamente pronto, o que representaria desperdícios de tempo e dinheiro, caso a ideia fosse rejeitada e fosse preciso refazer o projeto.

É como um TCC de faculdade: é melhor apresentar ao orientador o projeto do trabalho e fazer as adequações aos poucos do que já apresentá-lo completamente pronto e ter que refazê-lo do zero porque a premissa básica foi rejeitada. A diferença é que o MVP é apresentado ao consumidor, e não a um orientador.

Assim, as empresas apresentam à sociedade uma versão simplificada do produto para entender se os seus aspectos principais são aceitos pelos consumidores. Se forem, aí sim a empresa começa a desenvolver os detalhes, como acabamentos, embalagens, modelos etc. São experimentos que testam a receptividade do mercado sobre a ideia proposta, que é corrigida e adequada de acordo com os feedbacks recebidos.

Exemplo de MVP

Imagine que você queira vender o melhor cachorro quente da cidade, com ingredientes especiais e uma receita só sua. Antes de comprar um ponto de vendas ou um food truck, de investir em publicidade, de comprar embalagens personalizadas e de pensar nas bebidas que pode oferecer para acompanhar o cardápio principal, apenas foque no cachorro quente.

PSC

Venda-o no seu próprio carro em diferentes pontos da cidade e acompanhe a aceitação do seu produto junto ao consumidor. Se o produto principal for bem aceito, você pode, então, pensar nos detalhes da sua comercialização. Se o produto não for bem-aceito, colha o feedback dos consumidores e faça as alterações propostas para satisfazer o seu cliente.

Perceba que, se você já tivesse comprado o ponto de vendas e pensado em todos os detalhes do negócio antes mesmo de saber se o produto estava agradando ou não, você teria tido um grave prejuízo, caso o produto fosse rejeitado. O MVP, porém, evita que isso ocorra, pois ele apresenta a versão mais simples do produto, antes que grandes investimentos sejam feitos em aspectos de menor importância.

3 passos práticos para desenvolver o seu MVP

Você tem uma ideia empreendedora e deseja desenvolver a estratégia MVP antes de efetivamente entrar no jogo? Ótima escolha! Para isso, confira as 3 etapas descritas a seguir!

  • Etapa 1: construa a proposta de valor do seu produto

A proposta de valor de um produto é a versão mais simples dele, mas já contendo a sua principal característica, ou seja, o benefício ou utilidade que ele oferece ao consumidor. Os diferenciais e elementos atrativos que incrementam o seu produto são considerados secundários e, por isso, não devem ser levados em conta nessa primeira fase.

Faça uma pesquisa de benchmarking, ou seja, avalie aqueles que já produzem o que você pretende produzir e aprenda com os erros deles. Com base nisso, desenvolva o seu MVP, isto é, a versão simplificada do seu produto, que serve apenas para testar se a ideia básica será ou não bem aceita pelas pessoas. No exemplo citado acima, trata-se do cachorro-quente simples, com base na sua receita, mas sem considerar bebidas, sobremesas, embalagens, pontos de atendimento e outros detalhes.

  • Etapa 2: teste a receptividade do consumidor

Depois de desenvolver o seu MVP, ofereça-o às pessoas que você entende como público-alvo. Isso pode ser feito com um grupo específico de pessoas (teste alpha) ou para a sociedade em geral (teste beta). Evite fazer isso com amigos e familiares, pois os resultados serão enviesados. Defina também o tipo de critério que você deseja que seja avaliado, identificando o que é um resultado ruim, o que é um resultado bom e de que maneira isso pode ser mensurado, isto é, as métricas avaliativas.

Feito isso, colha os feedbacks acerca do seu produto. A ideia é identificar se o público gostou ou não do seu produto e promover melhorias nos aspectos citados que ainda deixaram a desejar. Perceba que isso pode ser feito com basicamente qualquer produto ou serviço a ser lançado.

  • Etapa 3: defina o que fazer

Após colher os feedbacks recebidos, avalie o conteúdo de cada um deles. Entenda que nem sempre aquilo que o consumidor diz faz sentido para a sua proposta de valor, mas, ainda assim, ouça o que ele tem a dizer. Se a avaliação geral for positiva, e você se sentir confiante, desenvolva o produto completo. Se a avaliação for intermediária, faça os ajustes apontados e, depois, realize um novo teste. Já se a avaliação for predominantemente negativa, talvez seja melhor refazer a proposta de valor.

O MVP, portanto, é a versão mais simples possível do seu produto, apenas para que você verifique se a ideia principal é ou não aceita pelo público. Assim, você evita ter que refazer todo o trabalho caso ela seja rejeitada. Além disso, no contexto das empresas, isso evita o desperdício de tempo, energia, dinheiro e tecnologia, já que é empregado o mínimo desses recursos na construção do MVP. É uma estratégia que confere eficácia aos lançamentos de produtos e serviços, evitando os desperdícios!

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