O conceito de economia se refere à ciência ou área do conhecimento que estuda a produção, a distribuição e o consumo de bens e serviços em sociedade. É o estudo das escolhas que as pessoas fazem no que diz respeito à obtenção e à utilização dos recursos materiais necessários ao bem-estar, sendo especialmente dedicado à compreensão da circulação de dinheiro em uma sociedade ou país.

Vivemos em um mundo essencialmente capitalista, que é marcado por um sistema conhecido como “economia de mercado”. Trata-se do modelo atual de relações de obtenção, troca e consumo de bens e serviços, regulando a economia contemporânea. Neste artigo, você vai conferir as principais características desse tipo de economia. Continue em frente e tenha uma excelente leitura!

Predomínio da iniciativa privada

Na economia de mercado, a iniciativa privada (empresas particulares) predomina na sociedade. Existem empresas públicas ou estatais, mas em número bastante reduzido. Dessa forma, quem coordena as políticas de preços, a qualidade dos produtos e serviços e o próprio comportamento de consumo da população são as empresas privadas. As cooperativas e organizações governamentais têm uma ação limitada, tendo até mesmo as suas ações influenciadas pelas empresas particulares.

O lucro como objetivo

O lucro é o objetivo da economia de mercado, sendo essa possivelmente a mais clássica característica do sistema capitalista. Por conta disso, esse sistema econômico foi dinamizado com a realização de trocas em dinheiro, uma prática que teve início no século XVI e que foi sofrendo adaptações ao longo do tempo. Assim, o acúmulo de riquezas é uma característica desse modelo. A lógica da troca é intensificada no comércio, por meio de moedas, notas, cartões bancários, pagamentos digitais etc.

Neoliberalismo econômico

O liberalismo econômico é um modelo de organização da economia surgido no fim do século XVIII que defende a intervenção mínima do Estado na economia, de modo que a iniciativa privada seja capaz de organizar essa dinâmica. O neoliberalismo é um conceito que se refere à retomada desse modelo, sobretudo a partir da década de 1970. Nele, as empresas privadas organizam a economia, de modo que o Estado só deve intervir em situações de crise, em que haja instabilidade social e econômica.

Foco no setor terciário

O foco da economia de mercado encontra-se no setor terciário, ou seja, no comércio. Dessa forma, é comum que as empresas não cuidem de todo o processo produtivo, havendo processos de terceirização, isto é, de contratação de outras organizações que prestem determinados serviços, como: limpeza, segurança, fabricação de peças e produtos etc. O foco se encontra na administração, nas finanças, no marketing e no estímulo ao consumo, de modo a “aquecer” a circulação do dinheiro na sociedade.

Lei de oferta e procura

A lei de oferta e procura é o princípio-chave que regulamenta a economia de mercado. Essa lei determina que quanto maior for a procura por um determinado produto ou serviço, maior deve ser o seu preço. Em contrapartida, se a oferta for maior do que a procura, é importante baixar o preço do bem em questão para atrair mais consumidores.

Naturalmente, isso é influenciado pelo poder aquisitivo das pessoas, pelos seus desejos e necessidades, pela existência de organizações concorrentes, pela existência de produtos complementares ou substitutos e pela capacidade de produção das empresas. Assim, a dinâmica dessa lei tende a influenciar a inflação de uma localidade e as taxas de juros.

Livre concorrência

A livre concorrência consiste no princípio econômico que afirma que diferentes empresas podem oferecer um mesmo produto ou serviço, cabendo ao consumidor fazer a sua escolha com total liberdade, de acordo com os fatores que priorizar (tradição, qualidade, preço etc.). Assim, a comunicação publicitária se intensifica nesse sistema. As leis vigentes apenas regulamentam que não haja concorrência desleal: práticas antiéticas para privilegiar uma organização em detrimento de outra.

Incentivo à inovação

A livre concorrência gera uma consequência importante: a competitividade entre as organizações de um mesmo segmento. Por isso, elas procuram por diferenciais competitivos, isto é, fatores que sejam critérios de desempate na decisão do consumidor. Esses fatores podem ser inovações nos produtos, investimentos em tecnologia, incrementos na prestação de serviços, atendimentos especiais, ações promocionais, enfim, benefícios que sejam percebidos como exclusivos da empresa.

Oposição à economia planificada

A economia de mercado, regulamentada pela iniciativa privada e com mínima intervenção do Estado na economia, é o oposto da chamada “economia planificada”. Nesse segundo caso, a produção e a comercialização de produtos e serviços é controlada pelo Estado, pois os próprios meios de produção a ele pertencem. Assim, a renda obtida é igualmente dividida entre a população, ao menos em teoria. A extinta URSS se utilizou desse sistema por mais de 70 anos, em planos quinquenais.

Globalização

Outra importante tendência da economia de mercado é a globalização. A livre concorrência permite que as empresas de um país façam negócios em outro, o que aquece as transações econômicas entre essas nações. Isso gera uma interdependência econômica e cultural entre diferentes países, marcada pela importação e pela exportação. Esse fenômeno é conhecido como globalização e se deve, sobretudo, aos avanços nas redes de comunicação e transporte internacional.

Críticas: aumento da desigualdade social

Se a economia de mercado gera uma livre concorrência que pode beneficiar o desenvolvimento de um país, por outro lado ela recebe uma crítica importante: a de que esse desenvolvimento não é igualmente percebido e vivenciado pela população. Os setores da esquerda argumentam que o livre mercado promove uma precarização do trabalho e amplia as desigualdades sociais, tendo em vista que o objetivo das empresas é o lucro, deixando os valores humanos e sociais em segundo plano.

Concluindo, as características acima constituem a economia de mercado, o modelo atual que é seguido pela maioria dos países do globo, dentro da lógica capitalista.

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