A forma como as empresas se comunicam com os seus públicos tem passado por modificações. Por muito tempo, a ideia era bombardear as pessoas com produtos, atributos, preços e imperativos que estimulassem a compra. Hoje em dia, porém, essa forma é considerada agressiva e ineficaz para atrair a atenção das pessoas. Gradativamente, ela passou a ser substituída pelo conteúdo e pela contagem de histórias — o famoso storytelling.
É contando histórias e produzindo conteúdos de qualidade que as empresas mostram ao seu público que conhecem as suas dores e que de fato têm conhecimento para oferecer soluções eficazes. No entanto, será que contar uma boa história é suficiente para aumentar as vendas de uma empresa? Em outras palavras, storytelling significa storyselling? Descubra a seguir!
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O storytelling e o storyselling
O storytelling é a arte de contar histórias que atraiam a atenção das pessoas e que despertem nelas determinados sentimentos, pensamentos e atitudes. Por isso, as empresas têm criado campanhas de comunicação que contam histórias e contextualizam os produtos e serviços que oferecem. Assim, elas entretêm, emocionam e inspiram as pessoas a se envolverem mais com aquela marca e, quem sabe, tornarem-se clientes dela.
O storyselling, por sua vez, é um termo novo, composto pelas palavras story, que significa “história”, e sell, verbo cuja tradução é “vender”. Portanto, storyselling é o uso da contagem de histórias para promover mais vendas e, portanto, garantir que os objetivos organizacionais definidos sejam adequadamente alcançados.
Em outras palavras, o storyselling é a aplicação do storytelling ao mundo dos negócios. Isso quer dizer que é importante emocionar e entreter para atrair a atenção das pessoas, mas também é necessário compreender que se trata de uma estratégia de marketing. Como qualquer outra, ela demanda técnica, pesquisas, mensuração de resultados, enfim, todos os recursos que fazem as ações estratégicas empresariais serem de fato bem-sucedidas.
6 dicas para criar histórias que vendem
Para transformar um storytelling em um storyselling, é preciso saber contar histórias e, ao mesmo tempo, vinculá-las às estratégias de marketing da empresa. Para isso, é preciso ser artístico e metódico ao mesmo tempo. Confira 6 dicas que podem ajudá-lo nesse sentido.
1. Faça pesquisas junto ao seu público
Quem é o seu público-alvo? Quais são os desejos e necessidades dessas pessoas? Como é o estilo de vida delas? Quais valores elas têm em suas vidas? Quais problemas elas precisam que a sua empresa resolva? Que tipo de linguagem seria o ideal para comunicar-se com elas?
Faça pesquisas para responder a essas perguntas. Quanto mais você conhece uma pessoa, mais consegue comunicar-se com ela de um jeito que ela compreenda as suas ideias e perceba o quanto ela precisa das soluções que você oferece. Essa é uma premissa básica da publicidade e que as ações de storytelling devem adotar.
2. Selecione canais de comunicação estratégicos
Ainda tendo em mente o público com o qual você deseja se comunicar, é fundamental que você escolha canais de comunicação que façam sentido para contar a sua história. Se o seu público é jovem e viciado nas redes sociais, não seria melhor contar essa história no YouTube do que na televisão?
É por isso que é tão importante conhecer a rotina das pessoas às quais o seu conteúdo se destina. Elas preferem ler um conteúdo ou assistir a um vídeo? Preferem acompanhar a sua história pela televisão ou pelas redes sociais? Investigue essas pessoas e descubra as respostas antes de tomar qualquer decisão.
3. Explore as emoções, mas solucione o problema
Toda empresa tem um problema de comunicação, que não necessariamente é algo ruim, mas apenas um objetivo a ser alcançado. Por exemplo: empresas de chocolates querem mostrar que o alimento é o presente perfeito para diversas pessoas: amigos, namorados, familiares, colegas de trabalho, professores, alunos etc.
Sendo assim, a sua história pode e deve emocionar e entreter, mas, acima de tudo, deve atender o objetivo a que se destina. No exemplo acima, não adiantaria contar apenas a história de um casal de namorados, sendo que o objetivo da campanha é mostrar que o chocolate pode ser um presente para diversas circunstâncias. Emocione, mas solucione o problema de comunicação a ser resolvido!
4. Integre o storytelling à sua estratégia de marketing
A contagem de histórias, no âmbito empresarial, não tem o objetivo apenas de entreter, mas também de vender. Por isso, ela precisa ser entendida como apenas uma etapa do processo de vendas: a de atrair e despertar o desejo. Mas e depois disso? O que o público deve fazer? Clicar em um link? Baixar um aplicativo? Acessar um site? Inscrever-se em um evento? Correr para o ponto de vendas para comprar na loja física?
Após a sua história, é preciso direcionar o público, de modo que ele dê continuidade ao seu processo de compra. O storytelling é o ponto de partida, mas é importante explorar os CTAs, ou seja, as chamadas para a ação que de fato influenciem o consumidor a fazer aquilo que a empresa espera dele.
5. Monitore os resultados e faça as adequações necessárias
Nem sempre as estratégias de marketing surtem os efeitos esperados. Isso pode acontecer por diversos motivos: porque o público não se identificou com a história que você contou, porque a história não resolve o problema de comunicação em questão, porque o canal de comunicação escolhido não era compatível com o público, porque a linguagem adotada não foi clara, porque o titulo não despertou a curiosidade, porque o CTA não funcionou, e por aí vai.
Nesse sentido, é primordial que você acompanhe continuamente os resultados da sua campanha. Se forem positivos, dê continuidade às ações. Se não forem, investigue as causas desse baixo desempenho e faça as adequações necessárias para reverter a situação.
6. Colha feedbacks junto à equipe de vendas
Hoje em dia, as equipes de vendas e de marketing precisam estar muito integradas. O marketing pode ajudar a equipe de vendas a lidar melhor com os clientes e a explorar determinados argumentos. Já a equipe de vendas por dar ao marketing os feedbacks, ou seja, as respostas obtidas diretamente dos clientes quanto às ações de marketing desenvolvidas e aos próprios produtos comercializados.
Pode ser, por exemplo, que o público tenha detestado um aspecto específico da sua história, que foi a trilha sonora, ou qualquer outra coisa. Sendo assim, acompanhe a equipe de vendas e verifique se a sua história de fato está ajudando o time a vender mais, ou se é preciso recalcular a rota e pensar em algo novo.
Em conclusão, o storytelling se torna o storyselling quando a arte de contar histórias é encarada como uma estratégia de marketing, submetida a todas as etapas de planejamento, criação, veiculação, monitoramento de resultados e readequação, como qualquer outra estratégia. Colocando as dicas acima em prática, as empresas conseguirão contar histórias que falem alto aos corações e às mentes do seu público, o que lhes permitirá o alcance dos seus respectivos objetivos organizacionais.
E você, ser de luz, consegue se lembrar de alguma história contada pelas marcas que tenha provocado lembranças positivas? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!