As pesquisas são uma maneira de investigar as opiniões e as motivações para os comportamentos das pessoas. Assim, é comum vermos pesquisas de intenção de voto no período eleitoral e também pesquisas de opinião que as empresas fazem sobre os seus produtos e serviços, monitorando a aceitação do consumidor acerca desses itens.
Contudo, existem também as pesquisas internas, que as empresas realizam com os seus próprios colaboradores. Entre elas, existem a pesquisa de clima e a pesquisa de pulso. Neste artigo, você vai conhecê-las melhor, identificando a sua importância, as suas diferenças e os seus elementos básicos. Siga em frente e boa leitura!
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O que é uma pesquisa de clima?
A pesquisa de clima é uma pesquisa de satisfação interna, ou seja, que a organização realiza para saber se os seus próprios funcionários estão satisfeitos ou não por trabalharem ali. São pesquisas de feedback, geralmente realizadas anualmente. Esses questionários costumam ser mais longos (contendo até 50 ou 60 perguntas), divididos em diversas temáticas organizacionais, como:
- Ambiente de trabalho;
- Cultura empresarial;
- Carreira e projeções de crescimento;
- Remuneração e benefícios;
- Avaliação do gestor imediato;
- Avaliação das demais lideranças;
- Capacidade de conciliação da vida profissional com a vida pessoal etc.
O que é uma pesquisa de pulso?
As pesquisas de pulso também são aplicadas pela empresa junto do seu quadro de funcionários. No entanto, elas não servem para mensurar a satisfação geral do colaborador com a empresa, mas sim a sua opinião sobre um assunto específico. Assim, esses questionários costumam ser menores e mais direcionados.
Essas pesquisas podem perguntar a opinião dos colaboradores sobre um evento que ocorreu, um programa que passou a ser utilizado, uma alteração em processos internos que foi feita, e por aí vai. Por serem pontuais, as pesquisas de pulso tendem a ser mais frequentes, mas são mais rápidas de serem respondidas, contendo, no máximo, 10 perguntas.
Qual é a importância das pesquisas de clima?
As pesquisas de clima permitem que a empresa identifique a avaliação que o seu próprio funcionário faz sobre diversos assuntos: infraestrutura, tecnologia, remuneração, benefícios, processos internos, comunicação, relacionamento com colegas, lideranças, oportunidades de crescimento etc.
Dessa forma, a empresa consegue identificar as políticas internas que estão gerando aceitação, bem como aquelas que podem ser melhoradas para satisfazer mais o seu público interno. Nesse sentido, é importante lembrar que funcionários satisfeitos trabalham mais e melhor, além de terem mais motivação para permanecer no emprego — reduzindo a rotatividade profissional e os impactos financeiros negativos que ela traz.
Qual é a importância das pesquisas de pulso?
A importância das pesquisas de pulso, por sua vez, consiste em colher opiniões e verificar a aceitação de fatores pontuais. Imagine, por exemplo, que uma empresa tenha trocado o seu software de relacionamento com o cliente. Assim, ela pode, depois de algum tempo da mudança, realizar uma pesquisa de pulso específica com os profissionais de atendimento ao consumidor para saber como o novo programa foi aceito.
Se as mudanças forem bem aceitas, é sinal de que vale a pena continuar com o novo modelo adotado. Já se uma mudança foi rejeitada, é importante saber os motivos para isso. Talvez, uma reunião para esclarecer a mudança e explicar os novos procedimentos seja suficiente para resolver o problema. Contudo, se os motivos forem mais profundos, pode ser necessário rever e modificar a estratégia adotada.
Quais elementos compõem uma pesquisa de sucesso?
Confira, na sequência, os 6 pilares de uma pesquisa bem-sucedida, seja de clima, seja de pulso.
1. Escopo
O escopo é a proposta básica da pesquisa, devendo responder às seguintes perguntas: qual é o objetivo desta pesquisa interna? Quais pessoas devem respondê-la? É uma pesquisa de pulso ou de clima? O que se deseja descobrir por meio dela? Qual assunto (ou quais assuntos, no caso da pesquisa de clima) deverá ser abordado? O escopo é um resumo da pesquisa que evidencia a sua necessidade e embasa o desenvolvimento do questionário.
2. Questionário
O questionário é o conjunto de perguntas que serão feitas aos respondentes. É preciso definir se ele será composto por perguntas abertas (de respostas livres) ou fechadas (com opções predeterminadas). Defina se a pesquisa será escrita ou online e se será feita com o auxílio de um entrevistador ou não. Lembre-se de que pesquisas de clima são extensas, mas as de pulso são mais curtas e objetivas. As perguntas devem ajudá-lo a alcançar o objetivo da pesquisa, mas a sua redação não pode ser tendenciosa.
3. Comunicação
Ao aplicar uma pesquisa de pulso ou de clima, é importante comunicá-la com antecedência aos colaboradores. Explique o que são essas pesquisas, quais são os seus objetivos e onde e quando deverão ser respondidas. Explique que, em se tratando de pesquisas internas, o anonimato é garantido.
No dia da aplicação do questionário, explique o processo e tire todas as dúvidas dos respondentes. Ressalte que a ideia é que todos sejam sinceros para que a empresa consiga promover melhorias contínuas.
4. Resultados
Após a aplicação da pesquisa, é necessário fazer a coleta dos questionários e tabular os resultados. As pesquisas com opções fechadas oferecem resultados quantitativos, que podem ser expressos de forma mais clara em gráficos e tabelas. Já as pesquisas com respostas abertas geram resultados qualitativos, de modo que todas as opiniões devem ser lidas e condensadas em relatórios gerais, que reúnam os principais pontos abordados.
5. Interpretações
Após a tabulação dos resultados, é necessário apresentá-los aos envolvidos na pesquisa — geralmente os gestores e os profissionais da área de recursos humanos. Os resultados em mãos devem fornecer debates com insights e análises interpretativas acerca dos resultados obtidos. Isso deve gerar um relatório geral, a ser comunicado a todos os colaboradores.
6. Melhorias adotadas
Por fim, é preciso agir, afinal de contas, as pesquisas não foram feitas para gerar relatórios de gaveta. Dessa forma, assim como ocorre com as pesquisas externas, as pesquisas internas também geram dados fundamentais para embasar uma tomada de decisões mais eficaz. Assim, na obtenção de resultados positivos, é preciso dar continuidade às estratégias adotadas. Já na obtenção de avaliações negativas, é preciso propor mudanças que gerem melhorias, na visão do colaborador.
Como você pode notar, as pesquisas internas — de clima e de pulso — atendem a propósitos distintos, mas ambas são importantíssimas para a satisfação interna. Dessa forma, organizações verdadeiramente preocupadas com o desenvolvimento dos seus recursos humanos as aplicam com seriedade, extraindo delas insights valiosos para promover melhorias expressivas!
E você, querida pessoa, já participou de alguma pesquisa do tipo? O que pensa a respeito? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!