Querida pessoa, você já ouviu falar em empresa disruptiva? Esse termo parece estar mesmo “na moda” quando falamos em organizações que provocam inovações. No entanto, o termo disrupção é bem específico e vai além de uma simples inovação. Disrupção é a o fim de um modelo antigo e o início de um modelo novo — o que, convenhamos, são poucas as empresas capazes de executar!

É o caso da Netflix, que alterou a forma como consumimos conteúdo. Antigamente, para assistir a filmes e séries, precisávamos alugar ou comprar os DVDs ou fitas VHS. Contudo, a Netflix praticamente extinguiu esse modelo, ao disponibilizar um catálogo de filmes e séries com fácil acesso pela internet, mediante o pagamento de uma mensalidade. Assim, surgiram as hoje tão populares plataformas de streaming.

Mas o que exatamente faz da Netflix um exemplo de sucesso? Quais são as características de uma empresa verdadeiramente disruptiva? É o que você vai conferir a seguir. Continue a leitura e conheça as 10 características essenciais desse tipo de organização!

1. Criatividade e inovação

Em primeiro lugar, não há como negar que toda ideia disruptiva nasce de mentes criativas. Por isso, essas empresas contam com profissionais de diferentes áreas que têm a criatividade no seu DNA. Não são empresas muito conservadoras, em que os chefes mandam, e os funcionários obedecem. Na verdade, essas organizações incentivam o trabalho em equipe e a exposição de ideias com clareza. São instituições mais democráticas, que estimulam o pensamento criativo e inovador.

2. Disrupção

Como o próprio nome sugere, para uma empresa ser considerada disruptiva, ela precisa desenvolver a disrupção na sua área de atuação, ou seja, encerrar um modelo antigo de agir e dar início a um novo sistema, mais vantajoso. Além da Netflix, podemos citar como exemplos de empresas que conseguiram esse feito a Uber, o Airbnb, a Wikipédia, o Spotify, o Nubank, entre outros. Perceba que não se trata apenas de inovação, mas de transformação nos seus respectivos segmentos.

3. Digitalização e desmaterialização

Ao analisar as operações das empresas citadas acima, você talvez perceba outro ponto que elas têm em comum: a desmaterialização. Isso significa que essas organizações dependem cada vez menos de pontos físicos e cada vez mais de internet e acesso a diferentes dispositivos: computadores, notebooks, telefones celulares, televisões etc. É a digitalização que permite que esses serviços sejam compartilhados e distribuídos a muitas pessoas. Por isso, a tecnologia é essencial nesse meio.

4. Escalabilidade e desmonetização

PSC

A escalabilidade é a capacidade de um negócio crescer em escala, ou seja, atender a cada vez mais clientes, sem a necessidade de aumentar expressivamente os seus custos.  A Netflix, que estamos tomando como exemplo, não precisa aumentar custos para atender mais clientes. Com a tecnologia, é fácil tornar os seus serviços acessíveis a quem desejá-los. Essa escalabilidade promove a desmonetização, ou seja, as tecnologias inovadoras tornam as soluções cada vez mais baratas e acessíveis.

5. Estrutura enxuta

Ao menos no início das operações, as empresas disruptivas não costumam ter muitos funcionários. Na verdade, elas são comumente desenvolvidas no modelo de startups, em que todos contribuem com as suas ideias, sem que seja dada tanta importância à hierarquia organizacional. Pode até haver alguma divisão em departamentos, mas isso geralmente ocorre nos anos de crescimento, depois que a iniciativa já está mais consolidada. Em geral, o começo é com equipes enxutas, mas muito competentes.

6. Times multidisciplinares

Apesar de as equipes serem reduzidas, elas são muito heterogêneas, ou seja, contam com profissionais com diferentes habilidades e experiências. Por isso, para que um negócio seja verdadeiramente disruptivo, é importante contar com pessoas experientes em diferentes áreas: finanças, marketing, tecnologia, administração, comportamento humano, comunicação, e por aí vai. Essa diversidade é o que permite que uma solução completa e eficaz seja desenvolvida.

7. Tolerância às falhas

Até que uma ideia de sucesso seja descoberta e colocada em prática, muitas outras ideias são expostas, mas apresentam falhas. Nas empresas disruptivas, essas falhas não são punidas, pois o aprendizado com os próprios erros é parte do processo. Por isso, todos podem expor as suas ideias e testá-las, de modo a verificar o que está indo bem e o que pode melhorar. Assim, o erro é mais tolerado nessas empresas, servindo como fonte de aprendizados e aperfeiçoamentos, até que uma solução efetiva seja encontrada.

8. Decisões baseadas em dados

Se você pensa que o trabalho em uma empresa disruptiva é 100% criativo e intuitivo, está enganado. Por mais que a criatividade seja importante, ela não adianta nada se não estiver baseada em dados. Assim, essas empresas contam com profissionais que obtém e analisam os dados do mercado, da concorrência e do próprio comportamento do consumidor. Soluções de sucesso só são obtidas quando esses profissionais compreendem o cenário em que estão inseridos, mantendo-se sempre atualizados.

9. Foco e dedicação total ao consumidor

A prioridade de uma empresa disruptiva não é simplesmente provocar uma revolução no segmento, mas verdadeiramente satisfazer o consumidor. A disrupção só surge quando o consumidor é convencido de que o modelo novo é melhor, tornando o antigo obsoleto. Assim, as pesquisas citadas no item acima resultam em personalização, automação e serviços mais baratos. Todavia, isso só é possível quando se instala uma cultura organizacional em que a prioridade é sempre o cliente.

10. Democratização

Por fim, a missão de uma empresa disruptiva está verdadeiramente concluída quando a sua inovação se populariza e torna os modelos antigos obsoletos. A Netflix, por exemplo, está acessível a qualquer pessoa com acesso à internet, em muitos países do mundo, tornando os DVDs e videolocadoras itens do passado, embora ainda existam. Quando quase todo mundo usa, a democratização consolida a disrupção como um processo concluído.

Uma empresa disruptiva, portanto, é aquela que, com criatividade e inovação, adota um novo modelo para o seu segmento, tornando as soluções existentes até então obsoletas. É um processo muito difícil, afinal de contas, muitas empresas são inovadoras, mas não disruptivas. Isso demanda criatividade, pesquisas, dados e equipes multidisciplinares.

E você, ser de luz, se lembra de mais algum exemplo de empresa disruptiva? Qual? O que pensa sobre esse processo? Contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!

Imagem: DilokaStudio