Empreender não é uma tarefa simples. Empreender consiste em pesquisar sobre as necessidades das pessoas, desenvolver um produto ou um serviço que resolva essas necessidades, estabelecer diferenciais competitivos diante da concorrência, edificar a empresa, contratar funcionários, contratar fornecedores, contratar tecnologia, atrair investidores, divulgar o negócio e administrar as finanças. Fácil, não é mesmo?

Não. Definitivamente não é fácil empreender. Um empreendedor é uma pessoa que tem um sonho e que sabe que para realizá-lo precisará correr muitos riscos, como investir um dinheiro que ele ainda não tem, sem ter a certeza de que um dia o terá. O lucro é uma incerteza. Não há como saber se e quando ele vai chegar.

Esse estilo de vida é marcado por altos e baixos, e é aí que entra a força da resiliência na vida de quem escolhe esse caminho. Neste artigo, você vai entender o que é a resiliência e qual a sua importância no empreendedorismo. Siga em frente e tenha uma ótima leitura!

O significado da resiliência

Pense em uma esponja nova, dessas de lavar louça. Quando você a aperta, ela logo volta ao seu estado original, não é verdade? Isso significa que a esponja tem elevada resiliência, que é justamente a propriedade física que alguns materiais possuem de retornar ao seu estado original depois de passarem por uma deformação elástica.

Mas o que tudo isso tem a ver com o empreendedorismo? Bem, a psicologia tomou o termo “resiliência” de empréstimo da física para designar essa capacidade que as pessoas têm de superar as dificuldades da vida, reunindo forças para seguir em frente.

Na vida de um empreendedor, altos e baixos são constantes, de modo que é essencial ter a resiliência, ou seja, a capacidade de lidar com essas oscilações. Assim como a esponja, o empreendedor também deve “recuperar-se das pressões externas” e retomar o seu estado original de equilíbrio.

A resiliência no empreendedorismo

PSC

Agora que você já compreende o significado da resiliência, certamente entende por que tanto se fala nessa qualidade, que tanto tende a nos beneficiar nas diferentes áreas da vida. No empreendedorismo, não é diferente. Agora, você vai conferir os motivos pelos quais todo empreendedor precisa ser resiliente.

1. Resiliência para iniciar o negócio

Como citamos acima, o início já é um dos desafios, talvez o maior deles, para qualquer empreendedor. Começar um empreendimento depende de tomar uma série de decisões, o que nunca é algo fácil.

O que eu vou vender? Qual produto? Qual serviço? Para qual público? A que preço? Em loja física? Em loja digital? Vou contratar funcionários? Vou investir em publicidade? De que tipo de infraestrutura eu preciso? Vou pedir empréstimos? Quanto preciso investir? Em quanto tempo recuperarei o valor investido?

Essas são perguntas que tiram o sono de qualquer pessoa que pensa em empreender. O medo e a ansiedade fazem parte desse momento inicial, mas é possível lidar com esses sentimentos com o planejamento estratégico. Com organização, conseguimos responder a cada uma dessas perguntas, tomando as decisões necessárias. A resiliência já se faz importante desde o primeiro momento em que decidimos empreender.

2. Resiliência para vencer as dificuldades financeiras

Toda empresa passa ou já passou por períodos de dificuldade financeira. Esses períodos são especialmente comuns no início, afinal de contas, as pessoas ainda não conhecem direito a sua marca e ainda estão entrando em contato com a qualidade dos produtos que você comercializa e dos serviços que você presta.

Além do mais, nem todo negócio tem uma demanda recorrente o ano inteiro. Algumas empresas sofrem mais com a sazonalidade, ou seja, com as mudanças de comportamento do consumidor em cada período do ano. Se você vende casacos de couro, provavelmente sabe que o inverno é muito mais interessante para você do que o verão.

Sendo assim, a resiliência ajuda as pessoas a compreenderem que nada é para sempre, nem os períodos de conforto, nem os períodos de escassez. Isso é importante para que o empreendedor aproveite ao máximo os momentos favoráveis, mas também que se prepare, com uma reserva de emergência, para os momentos adversos.

3. Resiliência para lidar com os concorrentes diretos e indiretos

O empreendedorismo é uma grande guerra, afinal de contas, toda empresa tem os seus concorrentes. Se você observar as marcas de refrigerante, por exemplo, certamente perceberá que quando uma delas cria uma campanha ou uma ação de marketing interessante, logo as concorrentes agem no mesmo sentido, com vistas a fortalecer a sua imagem e não perder clientes.

É importante monitorar o que o concorrente faz e não se abalar por essas ações. Em vez disso, tenha resiliência, recupere as suas forças e a sua criatividade e desenvolva estratégias ainda mais potentes junto ao seu público.

Além disso, o empreendedor também precisa ser resiliente para compreender que também surgem os concorrentes indiretos. Por exemplo: uma academia do bairro não sofre apenas com o surgimento de outras academias (concorrentes diretos), mas também com a inauguração de um parque, convidando as pessoas ao exercício ao ar livre (concorrente indireto). É preciso monitorar tudo isso. Haja resiliência!

4. Resiliência para lidar com as mudanças do mercado

Qualquer segmento de mercado hoje em dia é marcado pelo dinamismo, ou seja, pela velocidade com que as coisas acontecem. De uma hora para a outra um novo concorrente surge, uma nova tecnologia torna o seu negócio obsoleto, o seu melhor fornecedor abandona o barco, o dono do seu imóvel pede que você se mude dali, o seu melhor produto começa a ser criticado na internet, o governo publica uma nova lei que exige que você modifique vários aspectos da sua empresa, e por aí vai.

No mundo em que vivemos, a única certeza é a mudança. No empreendedorismo, então, é certeza mesmo. Por isso, o empresário deve ser resiliente para compreender que os negócios nunca estão definitivamente “prontos”. Sempre é tempo de promover mudanças e de se adaptar aos novos contextos que aparecem à frente das empresas. Diante disso, nunca devemos cruzar os braços e achar que a missão está cumprida. Quem pensa assim rapidamente é engolido pela concorrência.

5. Resiliência para aprender com os erros

Por fim, precisamos entender que o empreendedor é um ser humano como qualquer outro. Às vezes, as ideias dele oferecem bons resultados, mas às vezes dão errado. É assim para todo mundo. Aliás, se você pesquisar sobre a trajetória de vida dos maiores empreendedores da história, perceberá que os fracassos foram frequentes. No entanto, esses nomes de sucesso sempre souberam que era importante começar de novo, de outras maneiras, quantas vezes fossem necessárias.

O fracasso não é o oposto do sucesso, mas apenas uma etapa que o antecede. É errando que examinamos as nossas ações. É descobrindo o jeito errado que nós o riscamos das nossas estratégias, de tal modo que não tenhamos outra opção a não ser o jeito certo. Quanto mais erramos e nos permitimos aprender com os erros, mais reunimos sabedoria, que se converte em novas e mais bem-sucedidas escolhas.

A resiliência, portanto, é a capacidade que uma pessoa tem de enfrentar os momentos de dificuldade, reunindo as suas forças intelectuais e emocionais para superar as adversidades e seguir em frente. É um gesto nobre, de coragem, de humildade, de aprendizado e de muita paciência. Ser resiliente não é fácil, mas é algo necessário e vantajoso na vida de qualquer pessoa, sobretudo de um empreendedor.

E você, querida pessoa, se considera alguém resiliente na vida profissional? Por quê? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!