“Tem uma voz me dizendo para fazer isso”. “Tem uma voz me dizendo para não agir assim”. “Há uma voz que me diz que aquela pessoa não é confiável”. Você já teve pensamentos desse tipo, como se outro ser soprasse na sua mente o que fazer? Às vezes, essas vozes nos fazem bem, mas às vezes nos fazem mal.

Por esse motivo, precisamos saber com mais precisão quais são as vozes que nós temos ouvido e quais são as vozes que realmente podem nos ajudar. Quer descobrir quais são elas? Então, continue a leitura a seguir!

1. Deus

A primeira voz que ouvimos é o chamado de Deus. Quando oramos, somos nós quem falamos com ele, mas, se ficarmos atentos aos sinais da vida, perceberemos que Ele também fala conosco.

Isso pode se manifestar de diferentes maneiras. É claro que cada um tem a sua fé e a sua espiritualidade, e o importante é estar atento àquilo que o conecta com o “algo mais”, que vai além daquilo que os olhos enxergam. Independentemente do nome que você dê àquilo em que crê, confie. Se você tem fé, certamente fará bem ouvir essa voz espiritual.

2. Intuição

A intuição é aquela voz que surge na nossa mente, geralmente sem muita explicação, nos apontando um caminho a ser seguido — ou a NÃO ser seguido. As frases com as quais abrimos este artigo são típicas da intuição de uma pessoa.

Elas podem ser inspirações espirituais, conforme o item acima, mas a ciência também tem descoberto que o pensamento intuitivo traz consigo registros de experiências passadas, que ficam armazenados no nosso inconsciente. Por isso, diante de situações semelhantes a eventos do passado, conseguimos acessar o inconsciente para obter essas “inspirações”, que nos dizem os caminhos que tendem a ser bons e aqueles dos quais é melhor manter distância. É você ajudando a si mesmo!

3. Família

PSC

A família é o primeiro grupo social ao qual somos chamados a fazer parte. Na verdade, “chamados” não é bem a palavra, pois não escolhemos. Somos convocados a fazer parte desse grupo, tendo pais, mães, tios, avós, irmãos e primos que nos educam. 

A nossa formação se dá com base naquilo que essas pessoas compartilham conosco sobre o mundo. Por isso, a família é uma voz importante, que nos acompanha e em quem geralmente confiamos na maior parte do tempo. No entanto, com o passar dos anos, nós encontramos a nossa própria voz e percebemos que nem tudo o que um familiar diz pode ser o melhor, por mais bem-intencionado que ele esteja.

4. Amigos

Depois da família, nós mesmos vamos construindo os nossos círculos sociais, de acordo com as pessoas que surgem nas nossas vidas e com as quais vamos criando laços de afeto, de carinho e de interesses em comum. É o caso dos amigos, dos colegas de escola, dos colegas de trabalho, da vizinhança, dos professores, dos chefes etc.

Essas pessoas também têm as suas vozes que, de um jeito ou de outro, nos influenciam e também são influenciadas por nós. Viver em sociedade é a arte da troca. Todavia, alguns cuidados precisam ser tomados: será que a voz das pessoas com quem você mais convive desperta o seu melhor? Ou são vozes que o colocam para baixo e que o levam a decisões erradas. É preciso ficar atento!

5. Conteúdos que você consome

Redes sociais. Notícias. Programas de televisão. Revistas. Livros. Músicas. Filmes. Séries. Peças de teatro. Desenhos animados. Influenciadores da internet. Celebridades. Ídolos. Sites. Blogs. Todos esses canais de comunicação são vozes que também podem influenciar a sua própria voz.

Por isso, também vale a pena ficar atento. Que tipo de conteúdo você tem consumido? Conteúdos que despertam a sua melhor versão? Ou aquelas revistas de fofocas que só fazem você se sentir feio e desinteressante? Selecione melhor essas vozes externas, de modo que o seu eu interior esteja sempre em paz e evoluindo.

7. A mente ansiosa

Quando éramos homens das cavernas, a ciência perpetuou os genes da ansiedade. As pessoas que sobreviviam eram as que mais tinham medo e que, por isso, se protegiam e corriam menos riscos. Carregamos essa informação genética conosco até os dias de hoje, e é por isso que você olha para os dois lados da rua antes de atravessá-la. É uma pequena voz, importantíssima, que está sempre cuidando de você.

No entanto, os tempos são outros. Nós não vivemos mais nas cavernas, expostos à fome e ao ataque de animais selvagens. Ainda assim, a nossa mente continua disparando essas mensagens de medo e ansiedade, que nos mantêm presos à zona de conforto. É por isso que você não investe o seu dinheiro. É por isso que você não assume um cargo de liderança. É por isso que você não fala o que pensa nas reuniões de trabalho.

Será que você está dando poder demais a essa voz ansiosa e cheia de medos? Ela é importante para a nossa proteção, mas também não podemos deixar de viver. A mente cria os cenários mais catastróficos possíveis para que a gente não corra nenhum risco. No entanto, como alcançar aquilo que queremos sem nos expor? Além disso, são só pensamentos! A realidade não será tão catastrófica quanto as imagens que a sua mente cria. Lembre-se disso!

8. A mente emotiva

Ainda quando éramos homens das cavernas, vivíamos intensamente dominados pelas emoções. Precisávamos de força e de raiva para enfrentar as tribos inimigas, pois era uma questão de matar ou morrer. Por isso, até hoje sentimos medo, inveja, raiva, ciúme, alegria, tristeza, e por aí vai.

No entanto, aos poucos, desenvolvemos o pensamento racional, procurando entender o mundo por meio de relações de causa e consequência. Com isso, fomos civilizados e ensinados a administrar as nossas emoções. É por isso que você não agride a pessoa que deu uma fechada no seu carro enquanto dirige. Todavia, algumas pessoas acabam dando ouvidos a essa voz da mente emotiva, deixando a racionalidade de lado, o que gera atos impulsivos com péssimas consequências.

9. A mente racional

A mente racional, por sua vez, foi desenvolvida com o passar do tempo. É a voz da ciência, da racionalidade, dos fatos, da lógica, da causa e da consequência. Ouvi-la é sempre um ótimo conselho, afinal de contas, essa voz nos permite planejar ações, prever resultados e tomar decisões eficazes.

No entanto, alguns cuidados precisam ser tomados também diante dessa voz. A racionalidade não deve ser confundida com frieza. Não podemos reprimir as emoções e nos comportarmos como robôs. Portanto, essa voz também precisa ser dosada.

10. A voz da consciência

Diante do exposto, fica o questionamento: a quem devemos dar ouvidos? Devemos ouvir a nossa própria voz, ou “voz da consciência”! Ela é resultado do somatório de todas as vozes anteriores: razão, emoção, espiritualidade, intuição, amigos, família, ciência, conteúdos consumidos, ansiedade (na dose saudável) e por aí vai.

Devemos desenvolver todas essas vozes dentro de nós mesmos, pois é o conjunto delas que cria a nossa própria voz. Dotados de livre-arbítrio, podemos e devemos selecionar as vozes que vamos fortalecer e as vozes que vamos silenciar em cada circunstância da vida. Às vezes, precisamos ser mais racionais, mas, em outras situações, o coração prevalece. Cabe a cada um de nós estimular o discernimento das vozes que devemos ouvir!

Se a sua voz é o somatório dessas referências que citamos acima, quais são as “fontes” que abastecem a sua voz? Quais são os cuidados que você tem tomado? Você tem selecionado bem as vozes a quem tem dado ouvidos? Contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!