Se compararmos as gerações atuais do mercado de trabalho com as gerações mais antigas, podemos notar uma diferença nítida: enquanto, no passado, era comum que um trabalhador passasse a vida inteira em uma mesma empresa, isso é raridade hoje em dia. Na verdade, o que se vê na atualidade, sobretudo entre os mais jovens, é a postura de não apegar-se a nenhum emprego, partindo para o próximo, tão logo sejam identificadas melhores oportunidades. Esse processo é conhecido como job hopping.

Mas por que isso tem acontecido com mais frequência nos últimos tempos? Será que há mais vantagens ou desvantagens nesse comportamento? As respostas para essas e outras perguntas, você confere no artigo a seguir. Siga em frente e tenha uma ótima leitura!

Job hopping: o que é e por que tem ganhado força?

Job hopping é uma expressão que vem do inglês e significa “pular de emprego”. Ela é utilizada para descrever uma tendência comum no mercado de trabalho atual, especialmente entre os mais jovens: a fuga do “trabalho para o resto da vida” e a preferência por uma carreira pautada em diversas experiências profissionais diferentes.

Essa tendência tem sido registrada em expressivo crescimento, sobretudo entre os profissionais mais jovens e com perfis digitais. Essas pessoas já não veem muitas vantagens em permanecer muito tempo na mesma empresa. Querem se superar, encontrar novos desafios, ampliar os seus conhecimentos e obter oportunidades cada vez melhores, em vez de esperar pela promoção em uma mesma organização.

Além de melhores salários e benefícios, os job hoppers, como são conhecidos os adeptos dessa atitude, buscam também um sentimento de liberdade, sem que se sintam presos a uma ou outra empresa. Contudo, se uma empresa oferecer essa liberdade e boas oportunidades de crescimento, o profissional pode preferir ficar.

Qual é o perfil dos adeptos do job hopping?

Em geral, os job hoppers são aqueles profissionais mais recentes no mercado de trabalho, sobretudo os da geração millennial em diante (abaixo dos 40 anos). São muito conectados à tecnologia e gostam de planejar os próximos passos, mesmo que, para isso, tenham que partir para novos projetos, em outros lugares. Outras qualidades típicas desse perfil são:

1. Aprendizagem fácil

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Esses indivíduos são curiosos e ambiciosos. Por isso, não têm medo de estudar, de experimentar, de fazer perguntas, enfim, de fazer o que for preciso para progredir e alcançar as suas metas. Assim, costumam apresentar bons desempenhos em cursos e treinamentos de capacitação profissional. Ávidos por novidades, estão sempre acompanhando as mudanças nas suas áreas de atuação e atualizando os seus saberes, por meio de uma aprendizagem contínua.

2. Adaptação rápida

Por estarem sempre mergulhando em novos desafios e conhecendo empresas diversas, os job hoppers comumente apresentam uma facilidade de adaptação a novos contextos. Assumem novos desafios e funções administrando bem as suas emoções, pois já têm experiências em lidar com as mudanças. São resilientes e flexíveis, o que é muito benéfico nos tempos dinâmicos e incertos que temos vivido.

3. Bom relacionamento interpessoal

Por transitarem por diversos ambientes de características distintas, essas pessoas se tornam mais comunicativas e flexíveis, deixando os preconceitos de lado e conseguindo se relacionar de forma positiva com todos. Geralmente, apresentam elevada inteligência emocional e clareza de comunicação, o que facilita essas relações.

4. Objetivos profissionais claros

A ideia de “pular de galho em galho” pode sugerir a noção de que os adeptos desse “estilo de vida profissional” não sabem ao certo o que querem. Não é bem assim. Na verdade, esses indivíduos costumam ser bastante claros e determinados acerca dos objetivos que pretendem alcançar. A questão é que, quando identificam que algum local não está favorecendo o alcance dessas metas, eles têm a ousadia de procurar ambientes mais favoráveis em outro lugar.

5. Expertise

Além dessas características, é comum verificarmos que os job hoppers apresentam muitos conhecimentos específicos das suas respectivas áreas. Eles são especialistas e, por isso, oferecem ideias inovadoras e mais produtividade, gerando uma importante vantagem competitiva às organizações.

Quais são as vantagens de contratar um job hopper?

E do ponto de vista das empresas? Será que é vantajoso contratar um job hopper? Confira, na sequência, os principais benefícios de contar com esse tipo de profissional.

  • Fácil atração de talentos: por saberem o que querem, eles vão ao encontro das empresas que lhes chamam a atenção, simplificando as seleções;
  • Produtividade elevada: estão onde querem estar, de modo que estão sempre motivados, o que gera uma produtividade mais alta;
  • Muitas experiências acumuladas: por passarem por diversos lugares, esses indivíduos conhecem diferentes modelos de negócios, processos, produtos, marcas etc.;
  • Bom relacionamento com a equipe: justamente por terem essa bagagem diversificada, são mais flexíveis e tolerantes, evitando diversos conflitos com colegas e líderes;
  • Adaptabilidade: adaptam-se bem às mudanças, já que elas são constantes nas suas vidas. Gostam delas e assumem com prazer novos desafios;
  • Ampla rede de contatos: por terem passado por diferentes lugares, constroem redes de contatos amplas e diversificadas, o que pode ajudar as organizações.

Há alguma desvantagem envolvida?

Sim, nem tudo são flores no mundo do job hopping. Algumas empresas podem evitar esse perfil de profissional, considerando que contratar e desligar profissionais com muita frequência é algo trabalhoso e até mesmo custoso aos cofres das organizações. Além dessas incertezas, outras desvantagens são:

  • Falta de compromisso decorrente da ausência do sentimento de pertencimento à empresa;
  • Falta de especialização, devido às constantes mudanças na sua atuação profissional;
  • Falta de visão de longo alcance, o que os torna pouco indicados para projetos de longo prazo;
  • Insegurança para a empresa, por não saber até quando poderá contar com aquele profissional.

Como você pode notar,  job hopping é o processo por meio do qual os oprofissionais trocam de emprego com frequência por vontade própria, em busca de melhores condições e de novos desafios. Eles apresentam características positivas, como: flexibilidade, inteligência emocional, conhecimentos diversos e ampla rede de contatos. Contudo, o cenário de incertezas e a falta de visão de longo prazo são apontados como desvantagens.

E você, ser de luz, o que pensa sobre o job hopping? Acha ele mais vantajoso ou prejudicial? Contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!