Você já parou para pensar em quantos talentos a serem desenvolvidos existem na sua empresa? Ou, ainda, quantas pessoas teriam um rendimento e desempenho melhores se estivessem em um cargo que se encaixasse em suas habilidades e sonhos?

Por conta desse tipo de questionamento, é de extrema importância que as pessoas tenham a oportunidade de fazer o melhor que podem e sigam o caminho correto até a carreira que almejam. Para isso, é importante que haja planejamento, o que é indicado por meio de um mapa de carreira.

Se um mapa tem o objetivo de mostrar o caminho, o mapa de carreira faz isso com a vida profissional dos colaboradores. Neste artigo você vai entender a importância dessa ferramenta e como ela deve ser criada. Siga em frente e tenha uma excelente leitura!

O que é um mapa de carreira?

De modo a tornar claras as oportunidades de desenvolvimento, bem como a possível trajetória da carreira, alguns líderes têm investido no mapa de carreira. Essa ferramenta de gestão de talentos; baseada nas competências pessoais, profissionais (conhecimentos e habilidades) e organizacionais (atitudes relacionadas ao alto desempenho e a estratégias e valores da organização); tem como principal objetivo estabelecer o alinhamento das pessoas com as demandas e estratégias do negócio.

A metodologia simplifica a estrutura e os cargos, focando diretamente nas necessidades do processo. Na análise das trajetórias, é possível, ainda, verificar os agrupamentos de cargos que têm demandas semelhantes. Assim, o mapa de carreira e a gestão por competências tornam-se instrumentos importantes que ajudam na obtenção dos resultados desejados.

Principais características de um mapa de carreira

O mapa de carreira é uma ferramenta que ajuda as empresas a colocar as pessoas certas nos cargos certos, com base na compatibilidade de habilidades e funções. Por isso, ele ajuda a organização a obter mais produtividade, ao mesmo tempo em que auxilia as pessoas a serem mais felizes e a crescerem nas suas respectivas vidas profissionais.

Entre as principais incumbências desse processo, podemos citar:

  • Criar um sistema robusto de apoio à recompensa e à gestão de talentos da organização;
  • Operacionalizar com eficácia a gestão por competências e o modelo integrado de gestão de pessoas;
  • Definir com clareza os conhecimentos, habilidades e atitudes necessários para a pessoa desempenhar bem as suas funções no seu respectivo cargo;
  • Definir as necessidades de desenvolvimento e o processo de aquisição de competências;
  • Desenvolver a linha de visão do colaborador, apresentando as principais oportunidades de carreira;
  • Estimular o autodesenvolvimento.

Como criar um mapa de carreira?

A criação de um mapa de carreira é um processo composto por 4 etapas, conforme você vai conferir na sequência. Ele pode dar algum trabalho, mas o simples fato de garantir que haverá compatibilidade entre as competências individuais e as funções exigidas pelos cargos já faz tudo valer a pena. Sem falar que os próprios colaboradores ficarão muito mais motivados. Conheça as 4 etapas básicas:

1. Mapeie a estrutura organizacional e as oportunidades existentes

Como o próprio nome já sugere, a ideia é que a organização mapeie toda a sua estrutura e, posteriormente, as oportunidades existentes em cada setor. Assim, é possível focar nas necessidades do negócio e traçar a trajetória que é preciso percorrer para chegar ao cargo almejado.

A empresa deve ter pela consciência dos departamentos que a compõem, bem como dos cargos existentes em cada setor. É importante definir as posições, o que geralmente obedece àquela clássica hierarquia de: estagiário, funcionário junior, pleno, sênior, coordenador, gerente, diretor etc. Nesse aspecto, é importante examinar se a estrutura da organização é eficaz ou se é necessário extinguir, redefinir ou até mesmo criar novos cargos.

2. Estabeleça um modelo de competências

Liste as competências necessárias — de liderança, comportamental, técnica e do negócio — para o perfil de cada cargo. Estabeleça níveis de avaliação e medição. Desse modo, é possível integrar o processo aos principais programas de talentos e gestão de pessoas, bem como às estratégia da companhia.

O departamento de gestão de pessoas, em especial, precisa ser muito específico na hora de definir o que se espera dos profissionais que venham a ocupar cada posição da empresa. Nesse sentido, é primordial conversar com os gestores de cada área, a fim de fazer esse levantamento de habilidades, atitudes, conhecimentos e formações necessários.

3. Verifique a compatibilidade de competências entre cargos e indivíduos

De tempos em tempos, cabe à organização identificar se os profissionais que ocupam os seus cargos de fato têm aquilo que a vaga demanda. Esse exercício permite que os colaboradores sejam alocados em cargos compatíveis com o seu perfil profissional, o que beneficia tanto a produtividade da empresa quanto a própria satisfação do trabalhador.

Quanto aos cargos que estiverem desocupados, cabe ao departamento de gestão de pessoas conduzir processos seletivos completos e que identifiquem indivíduos que correspondam às descrições de cada vaga. Por isso é tão importante fazer análises curriculares, entrevistas, testes individuais, dinâmicas de grupo e períodos experimentais.

4. Invista em estratégias de desenvolvimento e capacitação

Depois de o mapa de carreira ser criado, é hora de o profissional investir em estratégias que o coloquem mais próximo do seu sonho de trajetória profissional. Por isso, é preciso ampliar os conhecimentos e investir em capacitação profissional e desenvolvimento de habilidades.

Nesse sentido, não é só o indivíduo que deve correr atrás do seu progresso. A própria empresa também deve desenvolver programas de desenvolvimento e capacitação de recursos humanos, compostos por cursos, treinamentos, reciclagens, palestras, eventos, materiais de apoio, avaliações de desempenho, feedbacks, entre outros mecanismos de evolução contínua. Dessa forma, será possível que cada colaborador alcance plenamente o que se espera dele na sua respectiva posição, possibilitando, ainda, o seu crescimento na área de atuação correspondente.

O mapa de carreira é um instrumento de gestão de recursos humanos. Por meio dele, as pessoas sentem-se mais felizes por trabalharem com atividades compatíveis com os seus interesses e competências, o que as motiva a crescer. A empresa, por sua vez, só tem a ganhar com colaboradores competentes, treinados e motivados ao exercício das suas respectivas funções profissionais. Lembrando que o próprio coaching corporativo pode ser extremamente útil nesse sentido.

E você, querida pessoa, já participou de alguma experiência semelhante ao mapa de carreira? Como foi? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!