Muitas pessoas sofrem com o conturbado estilo de vida contemporâneo. O excesso de compromissos, as preocupações, o trânsito, entre outros obstáculos da atualidade, têm provocado uma verdadeira epidemia de estresse, depressão e ansiedade em diferentes países do mundo. O Brasil, infelizmente, está longe de ser uma exceção.

Nesse cenário, é natural que as pessoas estejam em busca de mecanismos para obter mais relaxamento, tranquilidade, concentração e resiliência para lidar com as adversidades. Nessa busca, as pessoas costumam se deparar com duas ferramentas muito benéficas: a meditação e a yoga (que também pode ser escrita na forma “ioga”).

Você sabe o que essas duas práticas têm como semelhanças e diferenças? Continue a leitura para descobrir.

O que é a meditação?

A meditação é uma prática em que a pessoa canaliza sua atenção para um único foco de pensamento, que pode ser seu corpo, sua respiração, um mantra, um som, uma paisagem, um objeto etc. Isso é feito para que a mente alcance um estado de maior consciência, atenção, concentração e tranquilidade.

Existem diferentes técnicas de meditação, e a maioria delas originou-se há milhares de anos em países como a Índia e a China. Ao longo do tempo, diversas religiões fizeram da meditação uma de suas práticas para que as pessoas pudessem estabelecer uma conexão maior consigo mesmas, com deuses e com a espiritualidade, como: hinduísmo, taoísmo, confucionismo, jainismo, budismo e cristianismo.

Ao longo do tempo, contudo, a meditação deixou de ser algo exclusivo de determinadas culturas e religiões, passando a ser praticada em diferentes lugares do mundo. Pessoas com ou sem religião passaram a adotar o hábito de meditar em busca dos benefícios da prática, como a tranquilidade, a concentração e uma mente menos estressada e ansiosa.

O que é a yoga?

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A yoga teve suas origens na Índia há milhares de anos, assim como boa parte das meditações. O termo yoga significa “união”, o que não é à toa. A yoga consiste num conjunto de práticas de disciplina que unem corpo e mente.

Assim como a meditação, a origem da yoga é religiosa, com vistas a despertar a espiritualidade e conectar-se com o divino. Com o passar do tempo, porém, a yoga passou a ser praticada também de forma não-religiosa, com o objetivo de promover mais saúde física e mental aos seus praticantes.

A yoga trabalha tanto com a estabilidade física quanto com a estabilidade mental, enquanto a meditação é focada apenas no aspecto mental. A yoga é um processo mais complexo do que a meditação, envolvendo 8 passos:

  1. Yama: controle das emoções negativas para ativar a consciência (frear a cobiça, a inveja, a mentira, a ganância etc.);
  2. Niyama: limpeza do corpo e da mente, mantendo bons pensamentos;
  3. Ásana: posições corporais coordenadas com a respiração;
  4. Pranayama: respiração consciente e profunda para obter a força vital por meio das inspirações e expirações;
  5. Pratyahara: internalização da consciência, observando atentamente o corpo e a mente;
  6. Dharana: foco da atenção e concentração mental;
  7. Dhyana: estado meditativo, focando em apenas um pensamento;
  8. Samadhi: estado meditativo profundo, com compreensão da existência e autorrealização pessoal.

Quais as diferenças entre meditação e yoga?

Ao analisar os 8 passos da yoga, você provavelmente percebeu que o passo 7 (Dhyana) consiste no estado meditativo. Aliás, é do termo Dhyana que surge o conceito de meditação.

Isso significa que o estado meditativo (aquele em que a mente concentra-se em apenas um foco de atenção) é um dos pontos que constituem a yoga, que é uma prática mais complexa.

Na yoga, o estado meditativo é obtido por meio do controle da respiração e da realização das posturas corporais (ásanas). No caso da prática da meditação isolada, esse estado é alcançado por meio da respiração, dos mantras, da atenção ao próprio corpo, entre outros focos de atenção que possam ser escolhidos. Geralmente, a meditação é praticada com o indivíduo sentado.

De forma resumida, é possível dizer que a yoga é uma prática completa, que envolve a disciplina do corpo e da mente, e que a meditação corresponde à parte mental desse processo.

A meditação tem o objetivo de levar o praticante a um novo estado de consciência, muito mais focado, concentrado e tranquilo, melhorando o desenvolvimento pessoal. De acordo com os especialistas, a meditação especificamente corresponde ao conjunto dos passos 5, 6 e 7 da yoga (Pratyahara, Dharana e Dhyana).

5 benefícios da yoga

A seguir, você confere alguns dos principais benefícios que a prática frequente da yoga proporciona:

  1. Redução da ansiedade

Como a yoga envolve a concentração da mente no momento presente, as preocupações futuras ficam momentaneamente deixadas de lado. Por isso, ela oferece a quem a pratica uma mente com mais equilíbrio emocional, bem-estar e paz interior.

Isso fica evidente quando o indivíduo consegue superar as adversidades do dia a dia sem perder sua energia, podendo, inclusive, amenizar quadros de estresse, depressão e ansiedade. Bom humor, concentração, autoconfiança, otimismo e bons relacionamentos são alguns dos principais benefícios.

  1. Melhor condicionamento físico

As posturas da yoga promovem alongamento, flexibilidade, força e resistência aos músculos. É claro que a intensidade desses benefícios varia dependendo do grau e do tipo de yoga realizado.

Com a respiração equilibrada e com os músculos tonificados e resistentes, o corpo fica mais definido, e também fica mais fácil realizar as tarefas diárias.

  1. Alívio de dores corporais

Indivíduos que possuem dores musculares ou nas costas podem se beneficiar da prática da yoga, desde que a atividade seja autorizada por um médico. Os exercícios de flexibilidade liberam tensões causadas por problemas como hérnia de disco, escoliose e fibromialgia, por exemplo.

Além disso, os exercícios promovem mais consciência corporal, de modo que o praticante fica mais atento à sua postura no dia a dia, enquanto anda, senta, trabalha, estuda ou descansa. Essas posições mais adequadas evitam que os músculos e a coluna fiquem sobrecarregados, ajudando a prevenir lesões.

  1. Redução de problemas cardiovasculares

Com posturas corporais adequadas e com uma respiração profunda e consciente, a yoga promove melhorias nos sistemas nervoso, respiratório e cardiovascular. Além disso, também tem efeitos positivos sobre o sistema endócrino ajudando a manter em níveis saudáveis os hormônios do estresse – cortisol e adrenalina.

Esses benefícios resultam num coração mais saudável, com batimentos por minuto e pressão arterial em níveis adequados. Dessa forma, muitos problemas cardiovasculares podem ser prevenidos.

  1. Sono de qualidade

A yoga promove relaxamento e tranquilidade e também estimula a produção de melatonina, que é o hormônio do sono. Assim, fica mais fácil pegar no sono e mantê-lo por toda a noite, de forma consistente e reparadora, deixando a pessoa pronta para um novo dia, cheia de energia.

Como você pode ver, a yoga e a meditação são práticas extremamente benéficas para a saúde. Apesar de terem algumas diferenças, as duas atividades oferecem benefícios e podem ser praticadas por qualquer pessoa e em qualquer idade. No caso de gestantes, idosos ou pessoas com alguma necessidade específica, a prática da yoga ocorre com exercícios adaptados.

Agora que você já conhece as semelhanças e diferentes entre a yoga e a meditação, por que não praticá-las e usufruir de seus benefícios? Se você já pratica ou deseja praticar alguma dessas atividades, não se esqueça de deixar seus comentários abaixo. Compartilhe este artigo com seus amigos e familiares para que mais pessoas conheçam as dicas acima e obtenham mais qualidade de vida.